tag:blogger.com,1999:blog-30904213542495814202024-03-13T12:39:44.739-03:00A Porta de Marfim - Ciência para todosUm projeto de divulgação científica coordenado por David Majerowicz, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro! Seremos seus cicerones dentro da Torre de Marfim dos cientistas. Sejam bem-vindos!David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.comBlogger257125tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-8965188938912943442023-12-27T10:29:00.005-03:002023-12-27T10:29:45.333-03:00[Blog da Giulianna] Pomada e gel para prevenir o câncer de pele do tipo Melanoma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-OXPbAeJirmWC1M1udQJXoNVknW8EmhB8ZCEVKBlxfoG-tsNHbagVrdVrpbcbeojbXBPXOQnbzRvDUC3NQR-t-oIjMAhKWtB8AolgO-J2GnFpJGb1SaentJfcCCNXcNwqbuxzkC6QtLVNg9q33lWVbBV_qlOai7CjmMD8LbZ6o51F9lGRMBWcFoAvnlnp/s1024/_1e7a6b8e-2c73-40e2-b063-f0a9de633cbc.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-OXPbAeJirmWC1M1udQJXoNVknW8EmhB8ZCEVKBlxfoG-tsNHbagVrdVrpbcbeojbXBPXOQnbzRvDUC3NQR-t-oIjMAhKWtB8AolgO-J2GnFpJGb1SaentJfcCCNXcNwqbuxzkC6QtLVNg9q33lWVbBV_qlOai7CjmMD8LbZ6o51F9lGRMBWcFoAvnlnp/s320/_1e7a6b8e-2c73-40e2-b063-f0a9de633cbc.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) anunciaram um avanço significativo no tratamento do melanoma, o câncer de pele mais agressivo e letal. A equipe desenvolveu uma pomada e um gel promissores que têm o potencial de se tornar a primeira medicação tópica do mundo para combater o câncer. O produto recebeu uma patente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em 2021.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No Brasil, o câncer de pele representa um terço de todos os diagnósticos da doença, totalizando 185 mil novos casos anualmente, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. O melanoma, sendo um dos tipos mais perigosos, resulta em mais de 8 mil novos casos anualmente. Embora tratamentos cirúrgicos precoces sejam comuns, recorrências e metástases são frequentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os pesquisadores realçam que a substância responsável por essa inovação, chamada de derivado de dibenzoilmetano (DPBP), não apenas demonstrou eficácia em destruir células cancerígenas - interagindo com as moléculas de DNA -, mas também exibiu uma notável seletividade, uma vez que apresenta um potencial 40 vezes maior de agir nas células doentes que nas saudáveis, conferindo segurança ao medicamento. Testes de farmacocinética e toxicidade em camundongos com melanoma foram iniciados e o passo seguinte será o início dos testes em humanos com melanoma.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É importante ressaltar que o uso da pomada e do gel transdérmico não substitui a remoção cirúrgica de melanomas. A porção interna da pele, não visível, ainda pode regenerar lesões ou causar metástases silenciosas. O gel busca eliminar as células remanescentes, enquanto a pomada, de aplicação superficial, pode ser formulada em conjunto com protetor solar, sendo indicada para prevenir recorrências do câncer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b>:</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2022/01/16/pesquisadores-da-ufv-desenvolvem-pomada-e-gel-para-tratar-melanoma-o-tipo-mais-grave-de-cancer-de-pele.ghtml" target="_blank">G1 ZONA DA MATA, 2022. <b>Pesquisadores da UFV desenvolvem pomada e gel para tratar melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele</b>. In: G1.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www2.dti.ufv.br/noticias/scripts/exibeNoticiaMulti.php?codNot=36412&link=corpo" target="_blank">MEDEIROS, L. 2022. <b>Pesquisadores desenvolvem molécula capaz de tratar câncer de pele</b>. In: Universidade Federal de Viçosa.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0009279721003720?via%3Dihub" target="_blank">Nascimento FR, Viktor de Paula Barros Baeta J, Prado de França AA, Braga Rocha E Oliveira MA, Pizziolo VR, Aparecida Dos Santos A, Antônio de Oliveira Mendes T, Diaz-Muñoz G, Nogueira Diaz MA, 2022. <b>Dibenzoylmethane derivative inhibits melanoma cancer in vitro and in vivo through induction of intrinsic and extrinsic apoptotic pathways</b>. Chem Biol Interact. 5;351:109734. doi: 10.1016/j.cbi.2021.109734.</a></div>Giulianna Merrelho Monteirohttp://www.blogger.com/profile/08974965586117079493noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-14981797072952051672023-12-27T10:14:00.003-03:002023-12-27T10:19:42.621-03:00[Blog da Giulianna] Novo Tratamento em Gel para o Carcinoma Basocelular<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSFmVKCls-kJKKyFIXVWehJuMTL41Yyy82y7bN__ZW5STC-CQxSQL2qXv0XvWF-jNeIq3HdMXZpViR4BvqHujYkjBXTSffz-lilyee8lv3Tn41M_nd1sv9lw9aW2dop2N7E8ztv1FbVfBU7qYdPe-OR2qrlxdZmn5bIQvxx2xW9E20gzWmRRFyjw5fowCG/s1024/_efe4d3b9-797e-4e4e-9654-aee373da64f2.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSFmVKCls-kJKKyFIXVWehJuMTL41Yyy82y7bN__ZW5STC-CQxSQL2qXv0XvWF-jNeIq3HdMXZpViR4BvqHujYkjBXTSffz-lilyee8lv3Tn41M_nd1sv9lw9aW2dop2N7E8ztv1FbVfBU7qYdPe-OR2qrlxdZmn5bIQvxx2xW9E20gzWmRRFyjw5fowCG/s320/_efe4d3b9-797e-4e4e-9654-aee373da64f2.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Um novo tratamento promissor para o carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele, foi destacado em um estudo recente publicado na revista <i>Clinical Cancer Research</i>. O tratamento envolve o uso de um gel inovador contendo remetinostato, que é um inibidor da histona deacetilase, uma proteína responsável por ligar e desligar genes. Esse medicamento tem a capacidade de bloquear os processos celulares que levam à divisão das células cancerosas. O ensaio clínico com 30 pessoas demonstrou que o gel aplicado topicamente em tumores de pele obteve resultados promissores em 2/3 dos casos analisados, com metade dos tumores desaparecendo completamente. Além disso, o tamanho médio dos tumores diminuiu significativamente e não foram relatados efeitos colaterais adversos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os pesquisadores estão entusiasmados com os resultados, visto que a cirurgia, método convencional de tratamento, pode causar efeitos colaterais adversos, como cicatrizes, sangramentos e infecções. No entanto, a eficácia a longo prazo do tratamento com o gel ainda precisa ser estabelecida através de pesquisas adicionais. A aplicação tópica do remetinostato evita os efeitos colaterais sistêmicos associados à administração oral do medicamento, que incluem efeitos tóxicos. A autora sênior do estudo, Kavita Sarin, enfatiza que estudos de durabilidade são necessários para determinar a sustentabilidade das respostas iniciais encontradas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar dos avanços no tratamento, os especialistas destacam que a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz contra o carcinoma basocelular. Medidas simples, como o uso de protetor solar, roupas de proteção e a limitação da exposição solar direta, são fundamentais para reduzir o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer de pele. Embora o gel com remetinostato represente um avanço notável, é necessário aguardar mais pesquisas para estabelecer sua eficácia e segurança a longo prazo, bem como sua viabilidade como alternativa à cirurgia no tratamento do carcinoma basocelular.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Referência</b>:</div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://forbes.com.br/forbessaude/2021/08/novo-tratamento-com-gel-se-mostra-promissor-no-combate-ao-cancer-de-pele/?amp" target="_blank">FORSTER, V. 2021. <b>Novo tratamento com gel se mostra promissor no combate ao câncer de pele</b>. In: Forbes.</a></div>Giulianna Merrelho Monteirohttp://www.blogger.com/profile/08974965586117079493noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-20633895967198801742023-12-27T09:44:00.001-03:002023-12-27T09:44:33.814-03:00[Blog da Giulianna] Doença Periodontal e sua Conexão com Problemas Cardiovasculares<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjN464JdX-BwYpvYFrKy3UB-6-bK42cUvMn-R8XSommThVEFuuQXQ2DGJkhHHAZc1dhpd4Dru4QvQxMz_S3qCz_M-Wd_cSD_vGPk0y3BwGEFSdS1KutoffyFaeUGT54DgqiNJ8lvnD5-ECZzxwBGyrS66tB1UWILvuxD79NcxtZ3BlwW6BotbGYS63ZVwh/s1024/_db1171ff-a2cc-4aa1-be57-529196e8de1f.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjN464JdX-BwYpvYFrKy3UB-6-bK42cUvMn-R8XSommThVEFuuQXQ2DGJkhHHAZc1dhpd4Dru4QvQxMz_S3qCz_M-Wd_cSD_vGPk0y3BwGEFSdS1KutoffyFaeUGT54DgqiNJ8lvnD5-ECZzxwBGyrS66tB1UWILvuxD79NcxtZ3BlwW6BotbGYS63ZVwh/s320/_db1171ff-a2cc-4aa1-be57-529196e8de1f.jpeg" width="320" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;">A doença periodontal é uma infecção que afeta os tecidos e os ossos que suportam os dentes, de forma que ocorra perda óssea, de tecido e, em muitos casos, dos dentes. Essa doença tem sido associada a questões cardiovasculares e pulmonares pois pode desencadear uma inflamação crônica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com uma matéria do Jornal da USP, Carla Damante - renomada professora de Periodontia e coordenadora do curso de Odontologia na Faculdade de Odontologia da USP em Bauru - destaca que esta infecção deriva do acúmulo de bactérias na gengiva, podendo, posteriormente, adentrar à corrente sanguínea e impactar órgãos distantes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os pacientes com doença periodontal moderada a severa podem ter duas vezes mais risco de incidência de infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Apesar de ser uma infecção de evolução gradual e assintomática, o sangramento gengival e a sensação de afrouxamento dentário são sinais evidentes, podendo até levar à perda dos dentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fatores genéticos têm sua influência na manifestação da doença, porém comportamentos como fumo, diabetes mellitus, obesidade, inatividade física e higienização inadequada dos dentes intensificam o acúmulo de placa bacteriana, culminando em inflamação. A prevenção desempenha um papel fundamental, envolvendo escovação três vezes ao dia, uso de fio dental e visitas regulares ao dentista. Esse último ponto é ainda mais relevante para pacientes já diagnosticados com doenças cardiovasculares, hipertensão ou AVC, que devem procurar um periodontista para monitoramento constante.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, compreender a interconexão entre doença periodontal e problemas cardiovasculares é crucial. A promoção de uma higiene bucal adequada e o acompanhamento profissional são meios eficazes de mitigar os riscos associados a essa condição, garantindo tanto a saúde oral quanto a cardiovascular.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b>:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://jornal.usp.br/atualidades/doenca-periodontal-pode-causar-problemas-cardiovasculares/" target="_blank">JORNAL DA USP, 2021. Doença periodontal pode causar problemas cardiovasculares.</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/22876/18354" target="_blank">NUNES, P. L. P.; SILVA, T. M. da; VOLTOLINI, C. B.; SILVA, E. F. da; CERANT, D. de C. F. B.-. <b>Relação entre doença periodontal e doenças cardiovasculares / Relation between periodontal disease and cardiovascular disease</b>. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 755–759, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n1-065</a>Giulianna Merrelho Monteirohttp://www.blogger.com/profile/08974965586117079493noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-79910256794685537122023-12-27T09:11:00.007-03:002023-12-27T09:11:59.411-03:00[Blog da Giulianna] Sérum Colgate Renew AntiAging realmente funciona?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH78OVyrG-EH4XzBxdyWt4kcVJ7JihdLJfqpHNA6h0rrNnQm_vcaOJX8N8C__Jvaqx-E3ajgYeBdg4Z7xoDcJKdTHonnQeZA9TuTDsXsTUwZGYZUtcJx8al0OZmz6Meu2z-bdKv54BsJ4bpIo_WSpT8iQYrI4dfVCcFvS3h0SMz-X2sUzeJ256wKsp2rH7/s1024/_3ed9cd85-5264-4bb7-94b8-2fb2566dec41.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH78OVyrG-EH4XzBxdyWt4kcVJ7JihdLJfqpHNA6h0rrNnQm_vcaOJX8N8C__Jvaqx-E3ajgYeBdg4Z7xoDcJKdTHonnQeZA9TuTDsXsTUwZGYZUtcJx8al0OZmz6Meu2z-bdKv54BsJ4bpIo_WSpT8iQYrI4dfVCcFvS3h0SMz-X2sUzeJ256wKsp2rH7/s320/_3ed9cd85-5264-4bb7-94b8-2fb2566dec41.jpeg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O "Colgate Renew Anti-Aging" é um produto de higiene bucal que é comercializado com a proposta de combater os efeitos do envelhecimento nos dentes. O produto pretende proporcionar um sorriso mais jovem e branco, direcionando-se especificamente para as preocupações estéticas relacionadas à coloração e à saúde dos dentes à medida que envelhecemos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os componentes do "Colgate Renew Anti-Aging" incluem os seguintes ingredientes: água (fluidificante), glicerol (umectante e preserva as propriedades dos outros componentes), polipropileno glicol (ação antimicrobiana, solvente e estabilizante), poloxamer 407 (textura espessa que gera um gel), sorbitol (adoçante, melhora a textura e sabor), sacarina sódica (adoçante artificial), cetilpiridínio (antimicrobiano), sorbato de potássio (conservante, antibacteriano e fungicida), fluoreto de sódio (prevenção de cáries e fortalecimento do esmalte dental) , eugenol (antimicrobiano e anti inflamatório) e citral (essência que tem ação conservante).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O "Colgate Renew Anti-Aging" é parecido com um enxaguante bucal, mas não funciona como um, sendo importante lembrar que não é recomendado o uso diário de enxaguantes pelos dentistas, apenas em casos específicos. Analisando os seus ingredientes, pode-se verificar que a vantagem do produto é a presença de flúor, que auxilia na proteção contra cáries e fortalece o esmalte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto, algumas desvantagens podem ser listadas, dentre elas a variedade de antimicrobianos, antibacterianos e fungicidas presentes no produto o que pode levar a uma resistência dos microrganismo da cavidade oral, sendo de grande relevância ao necessitar que os enxaguantes profiláticos disponíveis no mercado para uso oral contra esses microrganismos façam efeito. Ademais, embora contenha componentes que auxiliam na remoção de manchas superficiais e fortaleçam o esmalte, as opiniões dos dentistas ressaltam a importância de expectativas realistas em relação aos resultados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, muitas vezes, a ideia de um "anti-envelhecimento" dental pode ser vista como uma estratégia de marketing, visto que a eficácia do produto em reverter completamente os efeitos naturais do envelhecimento nos dentes é frequentemente questionada. Assim, muitos especialistas acreditam que a manutenção de uma boa higiene oral e cuidados profissionais são fundamentais para um sorriso saudável e bonito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b>:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="https://www.youtube.com/watch?v=etoFI5TJkVs" target="_blank">DESVENDANDO PASTAS DE DENTE, 2023. <b>Sérum Colgate Renew AntiAging</b>. In: YouTube.</a>Giulianna Merrelho Monteirohttp://www.blogger.com/profile/08974965586117079493noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-89237366947641816602023-12-27T08:40:00.003-03:002023-12-27T08:40:54.377-03:00[Blog da Giulianna] 1º Medicamento Composto de Bactérias de Fezes Humanas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2I57vkcWNx_IAkjPJOp-jaq9eIKHRRTNlfzkp64Jk8Rxd4mBDOuncsiWLowLb4jd9_bS4ntIZjUbicQ4W8mIj6M2tFLd5tGWcHI9DX8Z0bIa3Xye1_2RIz_mg-bTlMZMXHh03lnq4AQ8KKqy1eKCG8S4hVO_HVIWqt3XtWvQjsgCuMOIYVajPPCdYBvla/s1024/_039c4065-50bd-450f-af23-926fa2491282.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2I57vkcWNx_IAkjPJOp-jaq9eIKHRRTNlfzkp64Jk8Rxd4mBDOuncsiWLowLb4jd9_bS4ntIZjUbicQ4W8mIj6M2tFLd5tGWcHI9DX8Z0bIa3Xye1_2RIz_mg-bTlMZMXHh03lnq4AQ8KKqy1eKCG8S4hVO_HVIWqt3XtWvQjsgCuMOIYVajPPCdYBvla/s320/_039c4065-50bd-450f-af23-926fa2491282.jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Os Estados Unidos aprovaram em 26 de Abril de 2023 o primeiro medicamento derivado de bactérias benéficas presentes nas fezes humanas para tratar infecções intestinais graves, oferecendo uma alternativa aos transplantes de microbiota fecal. Esse tratamento inovador desenvolvido pela Seres Therapeutics consiste em cápsulas orais, como uma abordagem mais simplificada e rigorosamente testada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA deu sinal verde para o uso do medicamento, chamado Vowst, no tratamento de adultos que lutam contra infecções por <i>Clostridium difficile</i>. Essa bactéria é responsável por sintomas como náuseas, cólicas e diarreia intensa, afetando cerca de 500 mil americanos anualmente e levando a óbito entre 15 a 30 mil pessoas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A eficácia do Vowst foi comprovada por um estudo clínico com 180 pacientes, onde 88% dos que receberam as cápsulas não sofreram reinfecção após 8 semanas, em comparação com 60% que receberam placebos. O tratamento aprovado envolve a ingestão de quatro cápsulas diariamente durante três dias consecutivos. Apesar dos efeitos colaterais comuns como inchaço, constipação e diarreia, a aprovação representa um avanço significativo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora os doadores e as fezes doadas para criar o Vowst sejam testados para um painel de patógenos transmissíveis (contra HIV, Hepatite B e C, Malária e Giardíase), esse pode apresentar risco de transmissão de agentes infecciosos. É desconhecido se o Vowst contém alérgenos alimentares e, com isso, tenha o potencial de causar reações adversas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse medicamento representa uma alternativa aos transplantes de microbiota fecal, um procedimento em que os doadores são testados e, no caso dos exames possuírem resultado negativo, as fezes de doadores são coletadas, misturadas com soro fisiológico, filtradas para isolar as bactérias benéficas e, posteriormente, são transplantadas em pacientes através de colonoscopia (tubo flexível introduzido pelo reto até o intestino grosso) ou enema (bisnaga injetada pelo reto). Visto o tempo e custo dos transplantes de microbiota fecal, a aprovação do Vowst traz esperança para o tratamento das infecções intestinais graves, oferecendo uma opção mais acessível e simplificada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b>:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 400;">FDA, 2023. </span><a href="https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-first-orally-administered-fecal-microbiota-product-prevention-recurrence-clostridioides" target="_blank">FDA Approves First Orally Administered Fecal Microbiota Product for the Prevention of Recurrence of <i>Clostridioides difficile</i> Infection</a><span style="font-weight: 400;">. </span></div></b><div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">G1, 2023. <a href="https://g1.globo.com/google/amp/saude/noticia/2023/04/27/eua-aprovam-1o-medicamento-feito-com-bacterias-beneficas-de-fezes.ghtml" target="_blank"><b>EUA aprovam 1º medicamento feito com bactérias benéficas de fezes humanas</b></a>.</div></div>Giulianna Merrelho Monteirohttp://www.blogger.com/profile/08974965586117079493noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-79137321742179433452023-12-05T14:42:00.008-03:002023-12-05T14:52:31.692-03:00[Torre Móvel T5E3] Emoções, como elas funcionam em nosso cérebro?<div style="text-align: justify;">Normalmente as emoções vêm a ser confundidas com sentimentos ou humor, contudo as emoções são reações que os seres humanos vivenciam devido a eventos ou situações marcantes e importantes, tanto fisicamente quanto emocionalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nosso cérebro é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, eles funcionam através de neurotransmissores que são responsáveis por transportar informações entre um neurônio e outro assim permitindo que possamos fazer a maior parte das coisas diariamente, uma dessas coisas é sentir, ter emoções.</div><div><p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="background: white; color: #212121; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: Verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Xdz_uekkAXUDfWCN822Ny1v1cQ0WeROZHivjP3yOp5WkGXWHqan1Y33_QmLoCG3XjzR8391EevoJiDjaFTvQDlYX1_v6DaKsOc7WaQaSDGGLMBYKFnKdktGsfQAhgxVg8XzymhMXKTSSkwWx1hYTMxlmXfjVI0JsPdmmhbmn5KrH4TEYhCZrY5__SfwV/s442/T5E3_Fig1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="279" data-original-width="442" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Xdz_uekkAXUDfWCN822Ny1v1cQ0WeROZHivjP3yOp5WkGXWHqan1Y33_QmLoCG3XjzR8391EevoJiDjaFTvQDlYX1_v6DaKsOc7WaQaSDGGLMBYKFnKdktGsfQAhgxVg8XzymhMXKTSSkwWx1hYTMxlmXfjVI0JsPdmmhbmn5KrH4TEYhCZrY5__SfwV/s16000/T5E3_Fig1.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Existem diversas substâncias, que nos permitem sentir, como:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Dopamina que se relaciona com prazer e a motivação, a dopamina costuma deixar as pessoas mais motivadas e com a falta dela em nosso sistema é provável pouca euforia;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Serotonina está ligada com o bem-estar e felicidade, o sol e a prática de exercícios nos ajudam a liberar serotonina, além de ajudar no regulamento do sono e melhora a digestão;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Adrenalina está associada a deixar o corpo alerta e atento, em situações de muito estresse ou que nos coloquem em situações intensas, prática de esportes, nervosismo… A adrenalina é liberada e aumenta os batimentos cardíacos, acelera o fluxo sanguíneo, e é extremamente necessário para situações de perigo por deixar o cérebro atento; além desses existem vários outros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Muitas pessoas não acreditam, porém, as emoções são fatores essenciais para a sobrevivência da humanidade, principalmente as emoções primárias, alegria, medo, raiva e tristeza;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Alegria são boas sensações, motivadas por momentos de companhia de amigos, família ou sozinhos;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Medo destaca um abalo negativo, o medo impossibilita o ser humano de fazer algumas coisas, ela desencadeia a falta de coragem pra certas situações onde alguém não sente confiança dependendo de cada ponto de vista;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Raiva é uma liberação muito intensa de emoções, muitas das vezes acabam sendo incontroláveis, elas acabam fazendo com que o corpo libere suor, acelera o coração, movimentos violentos;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Tristeza é o contrário da alegria, ela traz a sensação de solidão, depressão, afeta fortemente nossos dias, pois acaba fazendo com que não tenhamos força de vontade para agir. Estas emoções primárias que originam as emoções secundárias, que são vergonha, culpa, orgulho, admiração, etc.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Emoções ajudam a formar o caráter e personalidade, as mesmas induzem na vida ocupacional de cada um, contribuem também para a sobrevivência dos seres pois elas variam a cada situação e nos favorecem para continuarmos vivos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As emoções fazem muito mais do que nos permitir sentir, então o que mais acontece a partir delas? Podemos desenvolver problemas psicológicos, o desencadeamento muitas das vezes se trata de trauma vividos ao longo da vida e assim muitas pessoas não sabem diretamente lidar com essas emoções negativas, que afetam diretamente no cérebro e originam doenças. Alguma dessas doenças são bem conhecidas como:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Depressão;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Ansiedade;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Estresse pós-traumático;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Fobias;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Síndrome do pânico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Caso não haja o tratamento adequado, essas doenças podem ir se agravando cada vez mais. Afetando o desenvolvimento intelectual tanto na infância quanto na vida adulta. Dessa forma é extremamente importante utilizar métodos para que exista uma melhora sobre esses problemas, tal qual terapia, a procura por um psicólogo para auxiliar no tratamento e super necessária. Lembrando que assim como as boas emoções, estas doenças também se correlacionam com os neurotransmissores.</div></div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLGvT9RSKUkqM4rqPr7va4KlCv194-hGFZjTk-WxET3KaYOVANtDp5KEE7-6KJrfJ2L38FmOhkEkTSHqpvKqvMj1EH29emyjTUPJLMRYeRjhWlZOoMtRdOaXooEaOTGNB3MeO7r5asNCLXDSFCHyGjwyidPBVnB1AW0lafLZ_U_ZjEIyjn3Ae_fVTAte8q/s394/T5E3_Fig2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="252" data-original-width="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLGvT9RSKUkqM4rqPr7va4KlCv194-hGFZjTk-WxET3KaYOVANtDp5KEE7-6KJrfJ2L38FmOhkEkTSHqpvKqvMj1EH29emyjTUPJLMRYeRjhWlZOoMtRdOaXooEaOTGNB3MeO7r5asNCLXDSFCHyGjwyidPBVnB1AW0lafLZ_U_ZjEIyjn3Ae_fVTAte8q/s16000/T5E3_Fig2.jpg" /></a></div><div><br /></div><b>Referências:</b><br /><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://farmaceuticodigital.com/2019/11/ciencia-das-emocoes.html" target="_blank">AUREA. <b>A Ciência das Emoções. Quais são os Neurotransmissores que controlam nossas Emoções</b>. In: Farmacêutico Digital.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://conexao.ufrj.br/2009/08/cuidar-da-mente-tambem-contribui-para-o-bem-estar-do-corpo/" target="_blank"></a><a href="https://conexao.ufrj.br/2009/08/cuidar-da-mente-tambem-contribui-para-o-bem-estar-do-corpo/" target="_blank">CONEXÃO UFRJ 2019. <b>Cuidar da mente também contribui para o bem-estar do corpo</b>.</a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://essentia.com.br/conteudos/dopamina/" target="_blank">ESSENTIA PHARMA 2022. <b>Dopamina: o que é, para que serve e como aumentar</b>.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/o-mapa-das-emocoes/" target="_blank">HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ, 2019. <b>O mapa das emoções</b>.</a></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.santalucia.com.br/noticias/como-as-nossas-emocoes-afetam-saude-do-nosso-organismo" target="_blank"></a><a href="http://www.santalucia.com.br/noticias/como-as-nossas-emocoes-afetam-saude-do-nosso-organismo" target="_blank">HOSPITAL SANTA LUCIA, 2019. <b>Como as nossas emoções afetam a saúde do nosso organismo</b>.</a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2013/07/19/interna_tecnologia,425012/o-misterio-das-emocoes-comeca-a-ser-desvendado-pela-ciencia.shtml" target="_blank">MACEDO, J. 2013. <b>O mistério das emoções começa a ser desvendado pela ciência</b>. In: Estado de Minas.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/qual-significado-emocao-em-nossas-vidas-como-evoluimos-crescemos-com-ela/" target="_blank">MARQUES, J.R. 2020. <b>Qual é o significado da emoção em nossas vidas? Como evoluímos e crescemos com ela</b>?. In: Instituto Brasileiro de Coaching.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blog.psicologiaviva.com.br/emocoes-e-sentimentos-na-constituicao-do-individuo/" target="_blank">MORAES, M.E. 2021. <b>O papel das emoções e sentimentos na constituição do indivíduo: como identificá-los?</b>. In: Psicologia Viva.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://metodosupera.com.br/como-os-neurotransmissores-controlam-as-emocoes/" target="_blank">RABELO, I. 2022. <b>Como os neurotransmissores controlam as emoções?</b>. In: Supera.</a></div><div><div style="text-align: justify;"> </div><div><div style="text-align: justify;"><a href="https://qbemqfaz.com.br/saude/serotonina" target="_blank">RODRIGUES, A. 2023. <b>Serotonina, o hormônio da felicidade: Entenda a importância da serotonina para nossa saúde física e mental</b>. In: Que bem que faz.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.cursosead.sp.senac.br/neurociencia_emocoes/05_recurso_web/" target="_blank">SENAC. <b>A produção da emoção</b>.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://br.psicologia-online.com/emocoes-secundarias-quais-sao-caracteristicas-e-exemplos-741.html" target="_blank"></a><a href="https://br.psicologia-online.com/emocoes-secundarias-quais-sao-caracteristicas-e-exemplos-741.html" target="_blank">SILGADO, S. 2021. <b>Emoções secundárias: quais são, características e exemplo</b>s. In: Psicologia online.</a></div></div></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><i>-----<br />Autores: Diana Silva, Karen Oliveira, Sofia Marques e Sophia Lopes (Monitores: Anna Clara e Giulianna Merrelho)<br /><br />Esse texto foi produzido por alunos do Cólegio Pedro II - Campus Engenho Novo II, participantes do projeto "Torre Móvel", cadastrado na pró-reitoria de extensão da UFRJ. Se você quiser levar esse projeto para a sua escola, entre em contato com a gente: aportademarfim@gmail.com</i>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-74878622868346950972023-12-04T15:09:00.005-03:002023-12-05T14:43:02.305-03:00[Torre Móvel T5E2] Dança Cósmica<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy0JnhDV2S4RC2YzN4Htpcz-Fo5__hraj6IZd7OaZlyUj_WMzNUdSjlI_U70BnASl2ZnA9GKUH7zfs7XjF4tawxTmlnwnVOm0LLzKiYQqYuRvBzK3im35zRMWm0xpTbWuTMaNl4_UqALgLtVg-ajeFcPhp7pa3MRv6-bblzZEIDRwm-7ZEJZ63GG5Wo-D0/s594/Fig1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="590" data-original-width="594" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy0JnhDV2S4RC2YzN4Htpcz-Fo5__hraj6IZd7OaZlyUj_WMzNUdSjlI_U70BnASl2ZnA9GKUH7zfs7XjF4tawxTmlnwnVOm0LLzKiYQqYuRvBzK3im35zRMWm0xpTbWuTMaNl4_UqALgLtVg-ajeFcPhp7pa3MRv6-bblzZEIDRwm-7ZEJZ63GG5Wo-D0/s320/Fig1.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Você já viu estrelas dançarem? A dança cósmica é como uma história incrível que nos faz pensar na ligação entre nós e o universo. Uma dança imaginária, que vai além da gravidade e do tempo, nos convidando a apreciar a harmonia e complexidade do cosmos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKfms1VkSToQWiexqCHHs0JgmykV-Uh-HMAUhGIN0Ls-izvqUKRrkWcpnLnnlaEZjr60Y0xBtiytUmWChcLHu4hJ8ZAYZ41b4gsDEjJwZlVg4O-1fIFNeABoF2Npo5yw64n9C6S-CqmUFp_NzOw8ezEKnlmm7RhTIpcsSnP8psVcGGaQ3vgnnh7PE7Ci0w/s500/Fig2.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="500" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKfms1VkSToQWiexqCHHs0JgmykV-Uh-HMAUhGIN0Ls-izvqUKRrkWcpnLnnlaEZjr60Y0xBtiytUmWChcLHu4hJ8ZAYZ41b4gsDEjJwZlVg4O-1fIFNeABoF2Npo5yw64n9C6S-CqmUFp_NzOw8ezEKnlmm7RhTIpcsSnP8psVcGGaQ3vgnnh7PE7Ci0w/s320/Fig2.gif" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></span></div><p></p><div style="text-align: justify;">Essa dança nos convida a refletir sobre nossa posição no universo e nossa relação com todas as formas de vida. Ela nos lembra que, embora possamos sentir que somos indivíduos separados, estamos todos interligados, dançando juntos nesse vasto palco cósmico. Ela nos encoraja a apreciar a beleza, a complexidade e a harmonia que permeiam o universo e a reconhecer nossa responsabilidade em cuidar do nosso planeta e de todas as formas de vida que compartilham este espetáculo cósmico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“<i>Elas contam a história da gente, da origem da vida, pois todos os elementos químicos da natureza são formados dentro das estrelas</i>” - Duilia de Mello à Revista Pesquisa Fapesp</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, a dança cósmica está intimamente relacionada à astronomia, uma ciência que nos permite observar e estudar a dança dos astros e os eventos celestiais. Através de telescópios e observações espaciais, os cientistas podem traçar a órbita de planetas, estudar explosões de estrelas e investigar a dança de pares de buracos negros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas nessa dança, um parceiro pode acabar pisando no pé do outro: isso é a fusão galáctica. A fusão galáctica ocorre quando duas galáxias, devido à sua atração gravitacional mútua, se aproximam e eventualmente se combinam em uma única galáxia. No caso de Andrômeda e a Via Láctea, essas duas galáxias estão em rota direta de colisão e, ao longo de bilhões de anos, provavelmente acabarão se fundindo em uma única galáxia maior. Essa fusão galáctica é um evento cósmico que tem implicações significativas para o futuro da nossa galáxia e do sistema solar, representando vividamente a dança cósmica que ocorre em escalas galácticas e permitindo uma compreensão mais profunda da evolução do universo e do destino de nosso próprio sistema solar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E no espaço todo mundo dança! Galáxias inteiras, tipo um musical da Disney; mas também um par de estrelas, uma coisa mais intíma! Um exemplo atual deste assunto é a pesquisa liderada pelo australiano Matthew Bailes, do Centro de Excelência em Descoberta de Ondas Gravitacionais (OzGrav), que tem estudado o sistema PSR J1141-6545. Nele, existem duas estrelas que estão envolvidas em uma dança cósmica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma delas é uma anã branca, que surge a partir da morte de uma estrela que não tinha massa o suficiente para gerar uma explosão. esse caso, ela possui o tamanho do nosso planeta, mas com uma densidade 300 mil vezes maior. A outra é uma estrela de nêutrons - um corpo extremamente denso e pequeno, formado pelo colapso de uma grande estrela - também chamada de pulsar, 100 bilhões de vezes mais densa que a Terra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A anã branca, que já tinha uma velocidade alta normalmente, teve sua rotação acelerada quando foi atingida pelos detritos lançados pela estrela de nêutrons, que, naquele momento, sofria seu processo de morte por meio de explosões. O primeiro corpo celeste atingiu uma velocidade tão grande, devido ao impacto, que seus dias duravam apenas minutos. E é neste contexto que se espera observar a influência do magnetismo das gravidades desses objetos astronômicos entre si e acompanhar passo a passo as mudanças que essas forças são capazes de exercer. Como a escala das medidas nesse sistema é muito maior do que em nosso sistema solar, as pesquisas esperam que até a orientação do pulsar se desvie por conta da dança cósmica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo que não possamos ver estrelas dançando de verdade, a ideia da dança cósmica é como uma história bonita que nos faz pensar na conexão entre nós e o universo. A possível fusão galáctica entre Andrômeda e a Via Láctea revela a grandiosidade dessa dança em escalas cósmicas. A astronomia, a teoria da relatividade de Einstein e as pesquisas em sistemas como o PSR J1141-6545 enriquecem nossa compreensão, nos ajudando a entender melhor essa dança cósmica, tornando tudo mais fascinante e acessível.</div><div><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b>:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></b><a href="https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/o-ballet-de-duas-galaxias/" target="_blank">BARCELOS, G. 2022. <b>O Ballet de Duas Galáxias</b>. In: Espaço do Conhecimento UFMG.</a><b><div style="text-align: justify;"><br /></div></b><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.science.org/content/article/middleweight-black-holes-finally-found-they-pose-puzzle" target="_blank">CLERY, D., 2020. <b>Most massive black hole merger yet puzzles astronomers</b>. In: Science.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://revistaplaneta.com.br/telescopio-capta-uma-espetacular-danca-cosmica/" target="_blank">EDUARDO, 2022. <b>Telescópio capta uma espetacular dança cósmica</b>. In: Revista Planeta.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><a href="https://hypescience.com/deslumbrante-foto-captura-canibalismo-galactico/" target="_blank">GROSSMANN, C., 2012. <b>Deslumbrante foto captura canibalismo galáctico</b>. In: Hypescience.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="https://youtu.be/rQcKIN9vj3U?si=Ze44yOBFSYKeeAM3" target="_blank">NASA GODDARD, 2021. <b>The Doubly Warped World of Binary Black Holes</b>. In: YouTube.</a><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/221443-danca-cosmica-acontece-duas-galaxias-colidem.htm" target="_blank"></a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/221443-danca-cosmica-acontece-duas-galaxias-colidem.htm" target="_blank">OLIVEIRA, N., 2021. <b>Dança cósmica: o que acontece quando duas galáxias colidem?</b> In: TecMundo</a>.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><a href="https://revistapesquisa.fapesp.br/danca-das-galaxias/" target="_blank">OLIVEIRA, S.S., 2012. <b>Dança das galáxias</b>. Revista Pesquisa FAPESP. n. 301.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://youtu.be/fMoN5P4kfMU?si=loIhBOkyp303xts8" target="_blank"></a><a href="https://youtu.be/fMoN5P4kfMU?si=loIhBOkyp303xts8" target="_blank">SPACE TODAY, 2020. <b>Dança cósmica arrasta o espaço tempo e comprova a relatividade | Space Today TV Ep2110</b>. In: YouTube</a>.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://phys.org/news/2020-01-astronomers-witness-space-time-stellar-cosmic.html" target="_blank">SWINBURNE UNIVERSITY OF TECHNOLOGY, 2020. <b>Astronomers witness the dragging of space-time in stellar cosmic dance</b>. In: Phys.org</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>-----<br /><i>Autores: Catarina Machado, Daniela Fonseca, Débora Sacramento, Julia Souza e Tito (Monitor: David Majerowicz)<br /><br />Esse texto foi produzido por alunos do Cólegio Pedro II - Campus Engenho Novo II, participantes do projeto "Torre Móvel", cadastrado na pró-reitoria de extensão da UFRJ. Se você quiser levar esse projeto para a sua escola, entre em contato com a gente: aportademarfim@gmail.com</i>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-46071168651842944942023-12-04T09:28:00.002-03:002023-12-05T14:43:11.278-03:00[Torre Móvel T5E1] “O que você vê nessa imagem te define”: Será? <p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh26cOOU7rIF_O3W0_wDSuGB9i0LMgRzoVqwpvQNf__k0oE_ARlhKWqOEHHtZPjkJZGjAn_DQWJZT-7ROQSGA_oy5zmPZq5ZhAyZ8f4gUFIqBWK5EjQDRcvYIRb3NH9El9ggUZlo5PGLd3nYQwZXvwjX5Zdg1F0GRFsZRoD4-Y9Pn5zXH6fEoDj8FduvJgt/s873/T5E1_Fig1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="873" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh26cOOU7rIF_O3W0_wDSuGB9i0LMgRzoVqwpvQNf__k0oE_ARlhKWqOEHHtZPjkJZGjAn_DQWJZT-7ROQSGA_oy5zmPZq5ZhAyZ8f4gUFIqBWK5EjQDRcvYIRb3NH9El9ggUZlo5PGLd3nYQwZXvwjX5Zdg1F0GRFsZRoD4-Y9Pn5zXH6fEoDj8FduvJgt/w640-h270/T5E1_Fig1.jpg" width="640" /></a><br /></p><div style="text-align: justify;">Não se sabe ao certo sua origem, mas esse teste viralizou na internet recentemente, sobretudo no “Instagram” e no “TikTok”. Esse tipo de teste não possui fundamento científico, assim como os sites que o disponibiliza não possuem fonte que os justifique.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Como as imagens se formam?</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para entendermos as ilusões de ótica, primeiro precisamos entender como é o processo que nos possibilita enxergar o mundo ao nosso redor. A luz emitida ou refletida pelos objetos atravessa algumas partes do nosso olho, como a córnea, pupila e cristalino. A imagem será captada na retina, onde ela chega menor que o objeto e invertida, em seguida é levada em forma de estímulo ao nosso cérebro pelo nervo óptico para ser interpretada. Para facilitar o entendimento, podemos associar com a analogia de uma câmera; a qual as lentes seriam as demais estruturas ópticas, a pupila é o controle de foco e desfoque, a retina o “display” e a foto seria a imagem final descodificada pelo cérebro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLgSmOqSt4fce6qUHD0RTR9AICFnE6CNX6xk7wrmnPWEB-2tGRwcZUhUGV3yRfSKayZVhDrbKLy3zMVebbF8N_HmRg69BaJk7hfMob8rUdQ-6Xo2sPvQEroHdvTG3kInYbQYEkcXmF5D1gSjShYGu9OyUNweA_JLJr-n6NF08rolIbmGGO84kSBiPgqb9S/s268/T5E1_Fig2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="164" data-original-width="268" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLgSmOqSt4fce6qUHD0RTR9AICFnE6CNX6xk7wrmnPWEB-2tGRwcZUhUGV3yRfSKayZVhDrbKLy3zMVebbF8N_HmRg69BaJk7hfMob8rUdQ-6Xo2sPvQEroHdvTG3kInYbQYEkcXmF5D1gSjShYGu9OyUNweA_JLJr-n6NF08rolIbmGGO84kSBiPgqb9S/s1600/T5E1_Fig2.jpg" width="268" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>O que é ilusão de ótica?</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As ilusões de ótica são fenômenos que desafiam a nossa percepção visual. Quando nos deparamos com uma ilusão de ótica, o cérebro humano faz a montagem de todas as imagens e as observa de forma mais lenta em relação a como ela é mostrada. Isso ocorre porque nosso cérebro tenta preencher as lacunas formadas pelo excesso de estímulos e interpretar as informações visuais com base em experiências passadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse fenômeno que vem sido estudado por séculos não tem relação com deficiência ou algum tipo de problema ocular, segundo oftalmologistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2P-6TB4CRjTb0odRLt6ioOoxcP9-wyuCWEO2lF5jeI68wvgAfq8nlCmdRdjhLNNFk67q41ChXLdUOwn7Mdma971iS-hMGNU_b6ncD6wK_n64Pcy7gWm2NTI816SXbrVtYsGUB4U4WSXZa0JUxSNXHajeTqtRQV18odjJG2b5uydwMNgI8iKkfVnCDjRmw/s320/T5E1_Fig3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="320" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2P-6TB4CRjTb0odRLt6ioOoxcP9-wyuCWEO2lF5jeI68wvgAfq8nlCmdRdjhLNNFk67q41ChXLdUOwn7Mdma971iS-hMGNU_b6ncD6wK_n64Pcy7gWm2NTI816SXbrVtYsGUB4U4WSXZa0JUxSNXHajeTqtRQV18odjJG2b5uydwMNgI8iKkfVnCDjRmw/s1600/T5E1_Fig3.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><b>Tipos de ilusão de ótica</b><br /><br />Sabia que existem mais de um tipo de ilusão de ótica? Pode-se classificar as ilusões em ilusão literal, paradoxal, ambígua, geométrica-ótica ou ótica fisiológica!</div><div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELNTuoB9Bae488ssmyuDFxJ3jkO5TYSH0g0EZ9EtYp6QO_8ClzcftJD7eprM91u61_BkQjwNXrTgjXv-Id34cdw_TE7qlc8Ug6vre0Brvhs6-xbSw9ZNi_OXVM-aneRL3LMpBXk0t8LPm_ixMggLPzFHPY5Idss7M22Nj22ApRbfTBM4eG-93lzrUj5MB/s720/T5E1_Fig4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="540" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELNTuoB9Bae488ssmyuDFxJ3jkO5TYSH0g0EZ9EtYp6QO_8ClzcftJD7eprM91u61_BkQjwNXrTgjXv-Id34cdw_TE7qlc8Ug6vre0Brvhs6-xbSw9ZNi_OXVM-aneRL3LMpBXk0t8LPm_ixMggLPzFHPY5Idss7M22Nj22ApRbfTBM4eG-93lzrUj5MB/w480-h640/T5E1_Fig4.jpg" width="480" /></a></div><p></p><br /><div style="text-align: justify;">E aí, você ainda confia em tudo que vê?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim como não podemos acreditar em tudo que os nossos olhos veem por causa das ilusões de ótica, nem todas as fontes são reais. Nós mostramos no início que testes e postagens “bombam” na internet, mas não passam de “picaretagem” (notícias falsas).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cuidado, nem tudo que você vê é real!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><a href="https://estudiodamente.com.br/as-mais-incriveis-ilusoes-de-otica/" target="_blank">FARIA, S.E. <b>As 30 ilusões de ótica mais incríveis que você já viu!</b>. In: Estúdio da Mente</a><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><a href="https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ilusao-optica.htm" target="_blank">MELO, P.R. <b>Ilusão de ótica</b>. In: Mundo Educação</a></div><div><br /></div><a href="https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/olho-humano-um-instrumento-optico.htm" target="_blank">SANTOS, M.A.S. <b>Olho humano: um instrumento óptico</b>. In: Mundo Educação</a><div><br /></div><a href="https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ilusao-optica.htm" target="_blank">SILVA, D.C.M. <b>Ilusão de Óptica</b>. In: Brasil Escola</a><div><br /></div><div><a href="https://www.todoestudo.com.br/fisica/ilusao-de-otica" target="_blank">TANAKA, H.S. <b>Ilusão de ótica</b>. In: Todo Estudo</a></div><div><br /></div><div>-----</div><div><i>Autores: André, Kaiky, Victória e Matheus Antunes (Monitoras: Júlia Almeida e Lídia Gomes)<br /><br />Esse texto foi produzido por alunos do Cólegio Pedro II - Campus Engenho Novo II, participantes do projeto "Torre Móvel", cadastrado na pró-reitoria de extensão da UFRJ. Se você quiser levar esse projeto para a sua escola, entre em contato com a gente: aportademarfim@gmail.com</i><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /> </span><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><br /> </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p></div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-39592146260233398092023-10-01T18:28:00.001-03:002023-10-01T18:28:08.961-03:00[Chute do Nobel T3E13] Jacques Francis Albert Pierre Miller - linfócitos e timo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMVxI8PulQQvdOWmaBdgfZdg6MiSkIF83gKbUvXeDrHFLOWbhDzrXPAOKDDKzab9kK0sX-KEZMfyu1StqLca7h5AA4mO1HSTRjd5armJWW8hSaNjQjgGG6y-ErJU7Wbx5fGR3DSscC2CjF6Kb1luECmQhZrSWWxJqIlgf2lMhnV1Ocly0P_igmnEmN04BP/s1024/OIG%20(10).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMVxI8PulQQvdOWmaBdgfZdg6MiSkIF83gKbUvXeDrHFLOWbhDzrXPAOKDDKzab9kK0sX-KEZMfyu1StqLca7h5AA4mO1HSTRjd5armJWW8hSaNjQjgGG6y-ErJU7Wbx5fGR3DSscC2CjF6Kb1luECmQhZrSWWxJqIlgf2lMhnV1Ocly0P_igmnEmN04BP/s320/OIG%20(10).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Considerado como o 'Pai' Moderno da Imunologia, Jacques Miller (1931) é um médico francês formado em medicina pela Universidade de Sydney, sendo assim um pesquisador franco-australiano, cuja descoberta foi sobre a organização e função do sistema imunológico humano na década de 1960, em particular células B e células T.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seu primeiro grande feito foi durante seu doutoramento no Instituto de Pesquisas Chester Beatty, em South Kensington, em Londres (1960), ao descobrir que o timo (um órgão que outros cientistas consideravam obsoleto) é vital para o desenvolvimento e função do sistema imune adaptativo. Ao fazer testes experimentais em ratos para entender a origem da leucemia, mostrou que os animais experimentais sem timo ao nascer não foram capazes de rejeitar tecidos e resistir a muitas infecções, pois como não teriam as células de defesa, o organismo não atacava corpos estranhos e patógenos. Isso o tornou um dos poucos cientistas na história a determinar a função de um órgão inteiro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Retorna a Austrália como líder de um grupo de pesquisa no Walter and Eliza Hall Institute of Medical Research (WEHI) em Melbourne (1966), onde ele descobre também que os linfócitos podem ser divididos em células T e células B, e que eles interagem para que ocorra a produção normal dos anticorpos. Além disso, seu trabalho mostrou também que as células T seriam produzidas no timo e então as células B seriam produzidas na medula óssea, como outras diversas informações importantes para entender o sistema imunológico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todas essas descobertas foram importantes para entender melhor também várias doenças, como o câncer, doenças autoimunes e AIDS, assim como processos de rejeição de transplantes, alergias e imunidade antiviral. Essa descoberta levou ao entendimento de que a imunidade humoral (baseada em anticorpos) e a imunidade celular (baseada em linfócitos T) são componentes distintos da resposta imune adaptativa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seu trabalho constitui a base para o desenvolvimento de novas estratégias para a produção de vacinas melhores, prevenindo a rejeição de enxertos de órgãos e aumentando a morte das células cancerígenas. Ele também esclareceu maneiras pelas quais o sistema imunológico pode errar e levar a doenças alérgicas, como asma, e doenças autoimunes, como artrite reumatoide e diabetes dependente de insulina.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>"Existem muitos exemplos de descobertas 'acidentais' que se revelaram muito importantes"</i>, disse o professor Miller. <i>"É por isso que penso que a investigação básica é tão importante - muitas vezes produz aplicações clínicas significativas."</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div><div style="background-color: white; font-family: Lora, serif; font-size: 20px; text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;"><i>Esse texto foi escrito por Tainny de Oliveira Gonçalves Vieira, aluna de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</i></div></div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-77210621967162797772023-10-01T18:14:00.003-03:002023-10-01T18:14:19.023-03:00[Chute do Nobel T3E12]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBUJmPbDWL1jaoogBrW2AgNtWgB0YgW-OsKrBd6YmE2vE4fclec2PXN9f9b6x9bhYlStdFWkOk6epGhgx8K4NdT3fjjo6jFbMizKhoVtKhGPD-WYcsDR7Qe6BefurxjucANh1hnR5Msi3jqsTQ3ff9Cg0UTQjWIfchYHwUxGvVbUh0xHS-cYenmN0m7w2/s1024/OIG%20(9).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBUJmPbDWL1jaoogBrW2AgNtWgB0YgW-OsKrBd6YmE2vE4fclec2PXN9f9b6x9bhYlStdFWkOk6epGhgx8K4NdT3fjjo6jFbMizKhoVtKhGPD-WYcsDR7Qe6BefurxjucANh1hnR5Msi3jqsTQ3ff9Cg0UTQjWIfchYHwUxGvVbUh0xHS-cYenmN0m7w2/s320/OIG%20(9).jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Anualmente, a premiação Nobel prestigia pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições relevantes para a humanidade no ano mediatamente anterior ou no curso de suas atividades. Trabalhos visando entender o mecanismo de transtorno psiquiátricos e maneiras de auxiliar no tratamento têm sido altamente discutidos. Nesta linha, um grupo de pesquisadores de Natal procurou compreender os mecanismos de substâncias psicodélicas no tratamento de depressão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A depressão maior é um transtorno de humor altamente prevalente que afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo mais comum em mulheres e tendo um grande impacto na saúde geral e qualidade de vida. Este transtorno está associado à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), o qual está relacionado a eventos estressantes, regulando principalmente a secreção do hormônio cortisol. Sabe-se que por conta dessa desregulação no eixo HPA, os níveis de cortisol (popularmente conhecido como hormônio do estresse) em pacientes com depressão são mais baixos. Desta forma, o hormônio cortisol tem sido utilizado como um indicador biológico importante para avaliar a resposta ao tratamento para depressão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Recentemente, as substâncias psicodélicas têm emergido como potenciais antidepressivos de ação rápida, principalmente a ayahuasca, um chá com potencial alucinógeno. Este chá é uma decocção de duas plantas e tem sido usado por populações indígenas na América do Sul e também em cerimônias religiosas pelas suas capacidades alucinógenas. Além disso, a ayahuasca possui componentes psicodélicos e componentes inibidores de enzimas que afetam sistemas neurobiológicos relacionados à depressão, sendo um dos motivos para se tornar um grande alvo de estudo na melhora deste transtorno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O grupo de pesquisadores de Natal se baseou os achados de trabalho científicos anteriores realizados por eles. As pesquisas incluíram um ensaio clínico randomizado com ayahuasca em pacientes com depressão resistente ao tratamento, sugerindo uma redução significativa e rápida dos sintomas depressivos após uma única sessão com ayahuasca, em comparação com um placebo. O estudo explorou os efeitos da ayahuasca na resposta salivar de cortisol após o despertar e nos níveis de cortisol no sangue em pacientes com depressão resistente ao tratamento e em indivíduos saudáveis.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As hipóteses dos pesquisadores era que pacientes com depressão e saudáveis apresentariam diferentes níveis de cortisol no sangue e na saliva após despertar, no início do estudo. Além disso, também esperavam que os níveis de cortisol no grupo de pacientes estivessem correlacionados com a gravidade e/ou duração da doença. Os pesquisadores também hipotetizaram que aumentaria os níveis de cortisol de forma aguda, após a sessão de dosagem e após 48 horas a ingestão de ayahuasca, em pacientes e controles. As alterações nos níveis de cortisol seriam correlacionadas com a melhora observada nos sintomas de depressão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como esperado o grupo observou níveis baixos de cortisol basal e uma resposta diminuída de cortisol salivar ao despertar em pacientes com depressão resistente ao tratamento, em comparação com controles saudáveis. Ademais, 48 horas após a sessão de administração de ayahuasca, a resposta de cortisol salivar ao despertar dos pacientes se assemelhou aos níveis encontrados nos controles saudáveis, o que não foi observado nos pacientes que receberam placebo, que continuaram apresentando uma resposta de cortisol salivar ao despertar diferente do grupo de controle.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como já existem relatos na literatura sobre o papel de ayahuastica na melhora dos sintomas de depressão, os resultados encontrados pelos pesquisadores natalenses sugerem uma modulação fisiológica benéfica pela ayahuasca na resposta de cortisol salivar ao despertar, o que pode estar relacionado à melhoria de vários sistemas fisiológicos, emocionais e cognitivos regulados pelo cortisol.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora os níveis de cortisol tenham mostrado grande variabilidade, este estudo contribui para apoiar a investigação adicional da ayahuasca como tratamento para a depressão, uma vez que a regulação dos níveis de cortisol é considerada importante no tratamento da depressão. Além de auxiliar na compreensão do transtorno depressivo, também abre portas para o entendimento e aceitação de psicodélicos como medicamentos, reduzindo o tabu por trás das substâncias, sendo de grande relevância para a comunidade acadêmica e merecedor de um prêmio Nobel.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;">Esse texto foi escrito por Beatriz Sarmiero Rodolpho, aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-75030541972195960992023-10-01T17:59:00.002-03:002023-10-01T17:59:21.277-03:00[Chute do Nobel T3E11] Jean-Pierre Changeux: Um Possível Nobelista da Neurociência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcp94iOZSGQKxNroGv28yj6T4L0JX8txmZqZh5eUQr5c72UMeYqNrhrcJjFBxiRGCmO-BEvXa8-6126bgPBxLdu2qjcul-JB8F3azYVaElwLoxVo5Zf0JDNwNkkznROQEO7xXs077OpEnBcgxTZtd-8A6-Nl7r-IsiiaNnkS2Sp62iFQtWssXnjAHQFxKN/s1024/OIG.x5kW4Po.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcp94iOZSGQKxNroGv28yj6T4L0JX8txmZqZh5eUQr5c72UMeYqNrhrcJjFBxiRGCmO-BEvXa8-6126bgPBxLdu2qjcul-JB8F3azYVaElwLoxVo5Zf0JDNwNkkznROQEO7xXs077OpEnBcgxTZtd-8A6-Nl7r-IsiiaNnkS2Sp62iFQtWssXnjAHQFxKN/s320/OIG.x5kW4Po.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Jean-Pierre Changeux, um notável neurocientista e biólogo molecular francês, se destaca no campo da neurobiologia e recebeu reconhecimento por suas contribuições significativas para a compreensão dos mecanismos do cérebro humano. Com uma carreira distinta que abrange décadas de pesquisa e uma ampla gama de descobertas, ele emerge como um possível candidato ao Prêmio Nobel de Medicina.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Quem é Jean-Pierre Changeux?</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nascido em 6 de abril de 1936, em Domont, França, filho de Marcel Changeux e Jeanne Benoît, Jean-Pierre Changeux é um cientista renomado que se dedicou à exploração dos mistérios do cérebro e da neurociência. Iniciou sua jornada acadêmica e científica em 1955 na École Normale Supérieure, em Paris, onde obteve seu bacharelado (1957) e mestrado (1958). Posteriormente, em 1964, concluiu seu doutorado no Instituto Pasteur e realizou pós-doutorado nas universidades da Califórnia (1966) e Columbia (1967). Changeux é autor de mais de 600 artigos científicos e diversos livros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde o início de sua carreira, Changeux demonstrou uma rara combinação de habilidades interdisciplinares, fundindo sua profunda compreensão das ciências naturais com uma apreciação pelos aspectos filosóficos e éticos da pesquisa. Essa abordagem multidisciplinar se tornou uma característica distintiva de seu trabalho e o destacou como uma figura importante na interface entre a neurociência e a filosofia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Contribuições</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma das contribuições mais importantes de Jean-Pierre Changeux para a neurociência está relacionada aos receptores de neurotransmissores e aos mecanismos de sinalização neural. Sua pesquisa inovadora sobre os receptores colinérgicos - receptores que respondem à acetilcolina, um neurotransmissor chave no sistema nervoso - levou à uma compreensão mais profunda desses processos de sinalização.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Changeux é particularmente conhecido por seu trabalho pioneiro na identificação de receptores nicotínicos de acetilcolina e seu papel na transmissão sináptica. Sua pesquisa revelou como esses receptores desempenham um papel crítico na comunicação entre as células nervosas e como sua disfunção está relacionada a uma série de condições neurológicas, incluindo distúrbios do espectro do autismo e esquizofrenia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, sua pesquisa lançou luz sobre a plasticidade sináptica, o processo pelo qual as sinapses, as conexões entre os neurônios, podem ser modificadas em resposta à atividade neural e à aprendizagem. Essa compreensão da plasticidade sináptica tem implicações importantes para o desenvolvimento de tratamentos para distúrbios neurológicos e transtornos cognitivos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A pesquisa de Changeux não se limitou apenas à biologia molecular e celular; ele também fez contribuições notáveis para a compreensão dos aspectos cognitivos da neurociência. Seu trabalho na teoria da seleção clonal, que postula que a diversidade de receptores em células do sistema imunológico e no cérebro é gerada por um processo de seleção e amplificação de variantes genéticas, trouxe uma nova perspectiva à compreensão da diversidade de respostas cognitivas e comportamentais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ademais, seu livro "O Homem Neuronal", publicado em 1983, é uma obra seminal que explora as implicações éticas e filosóficas das descobertas na neurobiologia. Changeux argumenta que nossos estados mentais e comportamentos podem ser compreendidos em termos de processos bioquímicos no cérebro, uma ideia que desafia conceitos tradicionais de livre-arbítrio e responsabilidade moral.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Por que Jean-Pierre Changeux é um possível nobelista?</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A trajetória e as contribuições de Jean-Pierre Changeux o tornam um possível candidato ao Prêmio Nobel de Medicina.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sua pesquisa inovadora sobre os receptores de neurotransmissores, a plasticidade sináptica e a compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes à função cerebral representam avanços fundamentais na neurociência. Além disso, suas descobertas têm implicações diretas para a compreensão e o tratamento de distúrbios neurológicos, como a esquizofrenia e o autismo, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As contribuições de Changeux à neurociência continuam a ser altamente influentes, moldando o campo e inspirando novas gerações de cientistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;"><i>Esse texto foi escrito por Camila Kirschner Gonçalves Brandao, aluna de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</i></div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-14885602016337698672023-10-01T17:35:00.000-03:002023-10-01T17:35:29.919-03:00[Chute do Nobel T3E10] Vacina de mRNA contra a COVID-19: Forte Candidata ao Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg0AjAIqt20OOIylo-Ux7SJ9zW0CXBc-rW4YXUR16OLeNHMPpUcH5UJa5wx37DjDf0U-HSg8caP9oAivA2pk9WDp11W1t8os3B2MGFXsFZkrDzEeFSnD4r-MlLhUYnU_Zepmmio35F43WOBkkRov5_n23TbxfoV-YTtzABmvAz-WCdZDuXiKSEtECpIXhO/s1024/OIG%20(8).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg0AjAIqt20OOIylo-Ux7SJ9zW0CXBc-rW4YXUR16OLeNHMPpUcH5UJa5wx37DjDf0U-HSg8caP9oAivA2pk9WDp11W1t8os3B2MGFXsFZkrDzEeFSnD4r-MlLhUYnU_Zepmmio35F43WOBkkRov5_n23TbxfoV-YTtzABmvAz-WCdZDuXiKSEtECpIXhO/s320/OIG%20(8).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No emocionante mundo da ciência, algumas descobertas merecem destaque, não apenas pela sua importância, mas também pelo impacto que têm na vida das pessoas. Em 2023, a comunidade científica e o mundo celebram a premiação do Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina para os cientistas por trás das pesquisas com resultados inovadores para o desenvolvimento da sociedade. Neste texto, vamos explorar o que torna as vacinas de mRNA contra a COVID-19 tão especiais, como elas funcionam e quem são os cientistas responsáveis por essa conquista notável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para entender como funcionam as vacinas de mRNA, imagine-as como um guia para o nosso sistema imunológico. Em vez de utilizar o vírus real, essas vacinas contêm um pedaço do material genético do vírus da COVID-19, chamado de mRNA. Este mRNA instrui nossas células a produzirem uma proteína específica encontrada no vírus. Quando nossas células produzem essa proteína, o sistema imunológico reconhece-a como estranha e começa a criar anticorpos para combatê-la. Assim, se entrarmos em contato com o vírus da COVID-19 no futuro, nosso sistema imunológico estará preparado para enfrentá-lo, pois já conhece a proteína do vírus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As investigações relacionadas às vacinas de mRNA para combater a COVID-19 começaram no início de 2020, logo após a identificação do novo coronavírus SARS-CoV-2 como a causa da pandemia global. Cientistas e empresas farmacêuticas prontamente se dedicaram a desenvolver vacinas eficazes e seguras para conter a propagação do vírus e prevenir doenças graves. Um dos marcos-chave desse processo foi a identificação do código genético do vírus, o que permitiu aos pesquisadores compreender sua estrutura e funcionamento. Isso abriu caminho para o desenvolvimento de vacinas baseadas na tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), que é altamente adaptável e pode ser usada para ensinar o sistema imunológico a reconhecer e combater o vírus. Ao longo de 2020, foram realizados ensaios clínicos de fase inicial e avançada para avaliar a segurança e eficácia das vacinas de mRNA, e várias delas se mostraram altamente eficazes na prevenção da doença COVID-19. Essas vacinas foram autorizadas para uso de emergência e começaram a ser distribuídas globalmente no final de 2020 e início de 2021.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre as principais vantagens das vacinas de mRNA se encontra a alta eficácia. Estudos demonstraram que essas vacinas têm uma taxa de eficácia impressionante na prevenção da COVID-19. Elas são altamente eficazes em evitar casos graves da doença. Além disso, o processo de desenvolvimento das vacinas de mRNA é mais rápido em comparação com métodos tradicionais. Isso permitiu uma resposta mais ágil à pandemia. As vacinas de mRNA são seguras e não contêm o vírus vivo da COVID-19. Elas passaram por rigorosos testes clínicos antes de serem autorizadas para uso. Além disso, as vacinas podem ser ajustadas com relativa facilidade para lidar com variantes do vírus, garantindo que continuem eficazes ao longo do tempo. A pesquisa sobre as vacinas de mRNA não é recente. Os cientistas vêm explorando essa tecnologia há décadas, trabalhando em sua aplicação para uma variedade de doenças. No entanto, a pandemia de COVID-19 acelerou significativamente o desenvolvimento e a implementação dessas vacinas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina é concedido aos cientistas que desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas com relevância para a sociedade. Por isso, os principais candidatos ao Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023 por seu trabalho em vacinas contra a COVID-19 baseadas em mRNA são Katalin Karikó, pesquisadora do Scripps Research Institute, que foi pioneira no desenvolvimento de mRNA como vetor para vacinas, junto com Drew Weissman, pesquisador da Universidade da Pensilvânia, que trabalhou com Karikó para desenvolver a primeira vacina contra a COVID-19 baseada em mRNA.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em resumo, as vacinas de mRNA representam uma conquista notável na história da medicina. Elas oferecem uma abordagem inovadora e eficaz para proteger as pessoas contra a COVID-19 e outras doenças virais. Com seu rápido desenvolvimento e alto nível de segurança, essas vacinas são uma esperança brilhante para o futuro da saúde pública global. Além disso, as vacinas de mRNA podem ser adaptadas para enfrentar variantes virais, garantindo eficácia contínua. Isso é crucial porque as doenças infecciosas estão sempre evoluindo. Mais importante ainda, o sucesso das vacinas de mRNA demonstrou que podemos usar essa plataforma para responder a futuras ameaças virais de maneira mais rápida e eficaz. Podemos estar mais preparados para enfrentar doenças que possam causar estragos como a COVID-19, evitando sofrimento humano e perdas econômicas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;">Esse texto foi escrito por Mariana Martinez, aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-31772335894157026402023-10-01T17:25:00.003-03:002023-10-01T17:25:23.566-03:00[Chute do Nobel T3E9] Nobel em Fisiologia ou Medicina 2023<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfMlrQoayKFroiqzV9Iov7R4G5EYoS8t-sGQj_trOoAot1LZmhLiSVMjDp1Q5l7cZW4hp42X53nrtZNRsJDeKSneEMoGll8egq2fXWIxRfW0UKXAf3L-WfjuaTUK6B0GmkiKLrwu7IuOtFuSOfbeEfQPwILJBOMHiGCRdkUJB4vCNEodoqfINPV0wp8Z5y/s1024/OIG%20(7).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfMlrQoayKFroiqzV9Iov7R4G5EYoS8t-sGQj_trOoAot1LZmhLiSVMjDp1Q5l7cZW4hp42X53nrtZNRsJDeKSneEMoGll8egq2fXWIxRfW0UKXAf3L-WfjuaTUK6B0GmkiKLrwu7IuOtFuSOfbeEfQPwILJBOMHiGCRdkUJB4vCNEodoqfINPV0wp8Z5y/s320/OIG%20(7).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Nobel em Fisiologia ou Medicina 2023 vai para Dr Michel Sadelain, Diretor do Centro de Engenharia Celular do Memorial Sloan Ketteringe e para Dr Carl June, Diretor do Centro de Imunoterapia Celular da Perelman School of Medicine e Diretor do Instituto Parker de Imunoterapia do Câncer da Universidade da Pensilvânia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Desenvolvimento de terapias CAR-T</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As terapias com células CAR-T, que são as terapias com receptores de antígenos quiméricos de células T, foram desenvolvidas por diversos grupos de pesquisadores ao longo do tempo. Este campo de pesquisa é caracterizado por uma colaboração entre instituições e cientistas, que fizeram contribuições significativas. No entanto, é importante destacar que alguns grupos específicos tiveram um papel fundamental no avanço da tecnologia CAR-T. E desde então essa tecnologia têm contribuído significativamente para o campo da imunoterapia contra o câncer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Dr. Sadelain desempenhou um papel crucial no avanço da imunoterapia com células T, que é uma técnica em que as próprias células de defesa do paciente são modificadas para combater e destruir as células cancerígenas. No início dos anos 90, ele começou a explorar o que mais tarde seria conhecido como terapia com células CAR-T, compartilhando suas primeiras ideias sobre a engenharia das células T em 1992. Cerca de dez anos depois, Sadelain e sua equipe desenvolveram as primeiras células CAR-T eficazes, abrindo caminho para pesquisas clínicas. Essas células CAR-T de segunda geração foram capazes de sobreviver, se multiplicar e eliminar as células cancerígenas em testes realizados em laboratório. Em 2003, Sadelain e colaboradores divulgaram um estudo que demonstrou a capacidade das células CAR-T, direcionadas ao CD19 humano, de eliminar células de leucemia em modelos de camundongos. Pouco tempo depois, o Dr. Sadelain liderou os primeiros ensaios clínicos focados no CD19 para tratar tipos específicos de leucemia. A terapia pioneira com células CAR-T, que visava o CD19, obteve aprovação da FDA em 2017 para tratar crianças e adultos jovens com leucemias e linfomas refratários. Recentemente, o Dr. Sadelain tem continuado a aprimorar a compreensão das células CAR-T, revelando informações cruciais que estão sendo usadas para melhorar sua eficácia. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias inovadoras para superar a resistência do câncer e aprimorar características como potência, persistência e segurança das células CAR-T. O Dr June é o principal responsável pelo desenvolvimento de novos CARs e novos vetores. Seu grupo de pesquisa é focado no desenvolvimento de maneiras de aumentar a capacidade do sistema imunológico natural de reconhecer e eliminar células tumorais, impactando na pesquisa translacional. Estuda vários mecanismos de ativação de linfócitos relacionados à tolerância imunológica e à imunoterapia adotiva para câncer e infecções crônicas. Em 2011, sua equipe de pesquisa publicou descobertas detalhando uma nova terapia na qual pacientes com leucemia linfocítica crônica refratária e com recidivas eram tratados com versões geneticamente modificadas de suas próprias células T. O tratamento também tem sido usado com resultados promissores para tratar crianças com leucemia linfoblástica aguda refratária. Ele publicou mais de 350 manuscritos e recebeu diversos prêmios. Desde 2020 no Brasil, a Anvisa registrou três produtos de terapia gênica CAR-T para tratar leucemias, linfomas e mielomas, além de dois para doenças genéticas raras, desenvolvidos por empresas biotecnológicas internacionais. Essas terapias avançadas, que incluem terapia gênica, terapias celulares e engenharia de tecidos, representam uma nova fronteira na medicina global, oferecendo esperança a pacientes com doenças graves ou raras sem outras opções.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências:</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.mskcc.org/news-releases/memorial-sloan-kettering-cancer-center-physician-scientist-michel-sadelain-awarded-2024-breakthrough-prize-in-life-sciences" target="_blank">Allen, A. 2023. <b>Memorial Sloan Kettering Cancer Center Physician-Scientist Michel Sadelain Awarded 2024 Breakthrough Prize in Life Sciences</b>. In: Memorial Sloan Kettering Cancer Center.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-autoriza-pesquisa-clinica-com-celulas-201ccar-2013-t201d-no-brasil?fbclid=PAAaYtHwrcsPND6JvVzrUl53-eFBv7efNqIJabhVLib-RgFoL5qVKHfboYZcI">Governo do Brasil, 2023. <b>Anvisa autoriza pesquisa clínica com células CAR-T no Brasil</b>.</a></div><div style="text-align: justify;"><b> </b></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.mskcc.org/cancer-care/diagnosis-treatment/cancer-treatments/immunotherapy/car-cell-therapy" target="_blank">Memorial Sloan Kettering Cancer Center, 2023. <b>CAR T Cell Therapy</b>.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><a href="https://butantan.gov.br/noticias/a-historia-da-terapia-car-t-60-anos-de-evolucao-e-pioneirismo-em-direcao-a-cura-do-cancer" target="_blank">Moon, P. 2023. <b>A história da terapia CAR-T: 60 anos de evolução e pioneirismo em direção à cura do câncer</b>. In: Portal do Butantã.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.med.upenn.edu/cci/junelab/" target="_blank">PennMedicine. 2023. <b>Carl H. June, MD.</b></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://pathology.med.upenn.edu/department/people/447/carl-h-june" target="_blank"></a><a href="https://pathology.med.upenn.edu/department/people/447/carl-h-june" target="_blank">Perelman School of Medicine University of Pennsylvania, 2023. <b>Carl H. June, MD</b>.</a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;">Esse texto foi escrito por Jennifer Vieira Gomes, aluna de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-14478595906312290942023-10-01T17:02:00.002-03:002023-10-01T17:02:34.381-03:00[Chute do Nobel T3E8] A tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) e o seu impacto na saúde humana: Katalin Karikó e Drew Weissman<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcdA67O31fLr7ThDdNCVbD0hvcIdQWojz2BH4d77BGdmMPNdZUmjBtlhZGA8RA-FONCHhJAMmw3jHZo2_pZTkiBJ6ruZGxYbv3T0YMJ_Douf5gri1OXXJaTIutW76Oby7nC2epi2i4WfCbUH4AtRhDi2MZvP2vweBPcVOgwz2wIPW-Jju_LS-a9PDR0Wal/s1024/OIG%20(6).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcdA67O31fLr7ThDdNCVbD0hvcIdQWojz2BH4d77BGdmMPNdZUmjBtlhZGA8RA-FONCHhJAMmw3jHZo2_pZTkiBJ6ruZGxYbv3T0YMJ_Douf5gri1OXXJaTIutW76Oby7nC2epi2i4WfCbUH4AtRhDi2MZvP2vweBPcVOgwz2wIPW-Jju_LS-a9PDR0Wal/s320/OIG%20(6).jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Katalin Karikó e Drew Weissman são dois cientistas que revolucionaram a medicina com seu trabalho sobre a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Essa tecnologia permite que genes sejam entregues ao corpo humano, o que tem o potencial de ser usada para tratar uma ampla gama de doenças, incluindo câncer, doenças infecciosas e doenças neurodegenerativas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>O que é mRNA?</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O mRNA é um tipo de ácido nucleico que carrega as instruções para a produção de proteínas. Ele é produzido no núcleo da célula e então transportado para o citoplasma, onde é usado para traduzir essas instruções em proteínas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Como funciona a tecnologia de mRNA?</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A tecnologia de mRNA funciona usando um pedaço de mRNA que contém as instruções para produzir uma proteína específica. Esse mRNA é então injetado no corpo, onde ele entra nas células e é usado para produzir a proteína desejada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>O trabalho de Karikó e Weissman</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O trabalho de Karikó e Weissman começou na década de 1990, quando eles começaram a estudar como o mRNA poderia ser usado para transportar genes para as células humanas. Na época, acreditava-se que o mRNA era um produto descartável da célula, mas Karikó e Weissman descobriram que ele poderia ser usado para entregar genes ao interior das células.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A descoberta de Karikó e Weissman foi um avanço significativo na medicina, pois abriu caminho para o desenvolvimento da tecnologia de mRNA como uma ferramenta terapêutica. No entanto, esse avanço inicial foi acompanhado de desafios.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 2005, Karikó e Weissman publicaram um artigo na revista <i>Nature Biotechnology</i> descrevendo seu método de modificação do mRNA. Esse artigo foi um marco na história da tecnologia de mRNA, pois abriu caminho para seu desenvolvimento como uma ferramenta terapêutica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>O desafio da degradação</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma das principais dificuldades em usar mRNA para fins terapêuticos era que ele era rapidamente degradado pelo sistema imunológico. O sistema imunológico identifica o mRNA como uma substância estranha e o ataca. Isso tornava difícil o desenvolvimento de terapias baseadas em mRNA que fossem eficazes e seguras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>A solução de Karikó e Weissman</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Karikó e Weissman resolveram esse problema desenvolvendo um método para modificar o mRNA de forma que ele fosse menos suscetível à degradação. Eles descobriram que a adição de nucleotídeos modificados ao mRNA poderia protegê-lo do sistema imunológico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>O sucesso das vacinas contra a COVID-19</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O trabalho de Karikó e Weissman foi fundamental para o desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19. As vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna usam mRNA para gerar uma resposta imunológica contra o vírus SARS-CoV-2. Essas vacinas foram altamente eficazes na prevenção da COVID-19, o que levou a uma redução significativa no número de casos e mortes pela doença.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Outras aplicações terapêuticas</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além das vacinas contra a COVID-19, a tecnologia de mRNA está sendo estudada para uma ampla gama de aplicações terapêuticas. Essa tecnologia tem o potencial de ser usada para tratar câncer, doenças infecciosas e doenças neurodegenerativas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Câncer</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A tecnologia de mRNA pode ser usada para entregar genes que codificam proteínas que podem matar células cancerígenas. Por exemplo, a empresa BioNTech está desenvolvendo uma vacina de mRNA para o câncer de mama que usa um gene que codifica uma proteína que causa a morte das células cancerígenas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Doenças infecciosas</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A tecnologia de mRNA pode ser usada para entregar genes que codificam proteínas que podem proteger o corpo de doenças infecciosas. Por exemplo, a empresa Moderna está desenvolvendo uma vacina de mRNA para a malária que usa um gene que codifica uma proteína que pode impedir que o parasita da malária entre nas células humanas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Doenças neurodegenerativas</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A tecnologia de mRNA pode ser usada para entregar genes que codificam proteínas que podem reparar ou substituir proteínas danificadas que são responsáveis por doenças neurodegenerativas. Por exemplo, a empresa Biogen está desenvolvendo uma terapia de mRNA para a doença de Alzheimer que usa um gene que codifica uma proteína que pode proteger as células nervosas da morte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Impacto do trabalho de Karikó e Weissman</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O trabalho de Karikó e Weissman é um dos mais importantes avanços da medicina moderna. Essa tecnologia tem o potencial de ser usada para tratar uma ampla gama de doenças, o que poderia levar a uma melhora significativa na saúde humana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Desafios</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de seu potencial, a tecnologia de mRNA ainda enfrenta alguns desafios. Um dos desafios é que a tecnologia é relativamente nova, e ainda há muito a ser aprendido sobre como usá-la com segurança e eficácia. Outro desafio é que a tecnologia pode ser cara de produzir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Perspectivas futuras</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À medida que a tecnologia de mRNA continua a ser desenvolvida, é provável que ela se torne uma ferramenta terapêutica cada vez mais importante. A tecnologia tem o potencial de revolucionar o tratamento de uma ampla gama de doenças, e pode levar a uma nova era da medicina personalizada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por exemplo, a tecnologia de mRNA pode ser usada para desenvolver vacinas personalizadas que são adaptadas às necessidades específicas de cada indivíduo. Isso poderia levar a uma melhor proteção contra doenças infecciosas, como o câncer e a AIDS.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A tecnologia de mRNA também pode ser usada para desenvolver terapias personalizadas para doenças genéticas. Por exemplo, a tecnologia pode ser usada para entregar genes que corrigem mutações genéticas que causam doenças como a distrofia muscular de Duchenne e a fibrose cística.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, a tecnologia de mRNA pode ser usada para desenvolver novas terapias para doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson. Por exemplo, a tecnologia pode ser usada para entregar genes que protegem as células nervosas da morte ou que ajudam a regenerar tecidos danificados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O potencial da tecnologia de mRNA é vasto, e ainda há muito a ser descoberto. No entanto, o trabalho de Karikó e Weissman já abriu caminho para uma nova era da medicina, e é provável que a tecnologia de mRNA se torne uma das ferramentas terapêuticas mais importantes do século XXI.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acredito que todo este trabalho possa ser um possível ganhador do prêmio Nobel de Medicina e fisiologia do ano de 2023, que por sinal já ta quase chegando a hora de saber... o vencedor desta modesta honraria. Vai ser divulgado no dia 02/10/2023.</div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;">Esse texto foi escrito por Gabriel Luiz Pereira de Siqueira, aluno de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-717143875086943432023-10-01T16:41:00.002-03:002023-10-01T16:41:35.092-03:00[Chute do Nobel T3E7]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYE5ifLw-LZcya3sz_WGB-msxMk2CafaW92PtCc2DtWLtSGYg_ALnEU-riA3XKtvlhYE95fFjPe2FinBn-0MrOAxTH5cN4hqqUovLsE96pgm83FjYxloL4S2HvujKG27Ps_Z_aO2ehyx5goCSou0FbaUYo-2Gfs6WVK2NP0gWMqYOZV1p1yKAiExs91zY/s1024/OIG%20(5).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYE5ifLw-LZcya3sz_WGB-msxMk2CafaW92PtCc2DtWLtSGYg_ALnEU-riA3XKtvlhYE95fFjPe2FinBn-0MrOAxTH5cN4hqqUovLsE96pgm83FjYxloL4S2HvujKG27Ps_Z_aO2ehyx5goCSou0FbaUYo-2Gfs6WVK2NP0gWMqYOZV1p1yKAiExs91zY/s320/OIG%20(5).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na próxima segunda, dia 02, o mundo inteiro irá conhecer os contemplados com o prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia. O prêmio é concedido por instituições suecas e norueguesas, para reconhecer e celebrar pessoas que fizeram nos últimos anos contribuições, pesquisas e descobertas importantes para a humanidade nos últimos anos. Os laureados com o prêmio esse ano receberão um total de 11 milhões de coroas suecas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como a fundação Nobel não divulga os cientistas cotados para ganhar o prêmio e só anuncia o ganhador, o que resta a todos nós é especular o possível ganhador ou ganhadora fazendo nossas apostas com base nas pesquisas dos últimos anos que julgamos importantes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A minha aposta esse ano vai para a cientista brasileira Jaqueline Goes de Jesus, por sequenciar o genoma do primeiro SARS-CoV-2 circulante na América Latina apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso no Brasil, o que foi um importante feito por ela e seu grupo conseguirem sequenciar o genoma desse vírus com tamanha rapidez em comparação com o restante do mundo, uma vez que se corria contra o tempo para entender como o vírus responsável pela Covid-19 atuava e se espalhava rapidamente pelo mundo fazendo milhares de vítimas em uma das maiores pandemias da história. Com o sequenciamento do genoma do vírus é possível o desenvolvimento de vacinas e traçar estratégias contra o vírus. O sequenciamento foi realizado na Faculdade de Medicina da USP dentro do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e em parceria com o IMT-USP e a Universidade de Oxford.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para sequenciar o genoma do vírus foi realizada a extração do RNA do SARS-CoV-2 e utilizado o MiniION, aparelho portátil que faz a leitura do material genético de diversos tipos de vírus. Esse aparelho faz o sequenciamento por nanoporos: a amostra passa por esse dispositivo que vai gerar uma base genética, e, com esse resultado, é feita uma análise bioinformática onde é comparado com outros genomas já sequenciados anteriormente. Apesar de geralmente os ganhadores do prêmio serem cientistas que publicaram seus trabalhos a mais de 20 anos e a contribuição de Jaqueline ser recente, a pandemia do coronavírus foi um triste e importante marco da história da humanidade e acredito que o prêmio esse ano possa contemplar essa temática.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>-----<br />Esse texto foi escrito por Lygia Silva Pereira Faustino Henrique, aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-43758611775714230842023-10-01T16:27:00.005-03:002023-10-01T16:27:37.606-03:00[Chute do Nobel T3E6] Nobel de Química 2023<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEholbFekSz31IPlv7Pzh5sxAXh-otK8c7YzuOGL3S8gL4iLENkFSoqfblu8Lv5GTrD4IXEfPaWzHP7LK3sTjqlYS6Yj9sPu7zM8hOCyToVUCA2ltjj_FBre5jHHPQyqAqbNIskSE3Lq0A2nD2lfcdShe2TbxSwBDW-2vr0ixBoExUJmbd8iojS9u4smpQEw/s1024/OIG%20(4).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEholbFekSz31IPlv7Pzh5sxAXh-otK8c7YzuOGL3S8gL4iLENkFSoqfblu8Lv5GTrD4IXEfPaWzHP7LK3sTjqlYS6Yj9sPu7zM8hOCyToVUCA2ltjj_FBre5jHHPQyqAqbNIskSE3Lq0A2nD2lfcdShe2TbxSwBDW-2vr0ixBoExUJmbd8iojS9u4smpQEw/s320/OIG%20(4).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma forte candidata ao Nobel de Química é a pesquisadora Katalin Karikó, doutora em Bioquímica pela Universidade de Szeged. Há décadas Karikó vem contribuindo de maneira notável para o avanço da Ciência e a Medicina. Seu trabalho incansável e inovador no campo do RNA mensageiro (mRNA) desempenhou um papel fundamental na criação das vacinas contra a Covid-19 e na revolução no campo da genética que estamos observando atualmente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sua origem modesta, como filha de um açougueiro, a distanciava do mundo da Ciência, não tendo nenhum cientista em sua rede de contatos quando tomou a decisão de trilhar o caminho da pesquisa científica. Em 1985, apenas três anos após sua formação, a húngara atravessou o oceano para os Estados Unidos, onde realizou um pós-doutorado na Temple University, localizada na cidade de Filadélfia, Pensilvânia. Posteriormente, em 1989, Karikó assumiu o cargo de Professora Adjunta na University of Pennsylvania. Nessa instituição, ela concentrou sua pesquisa na inovadora tecnologia de mRNA, mais especificamente no desenvolvimento de terapias baseadas no RNA mensageiro. O mRNA é uma molécula produzida por todos os seres vivos e funciona como uma “receita”, que ao ser lida pela célula, permite que esta produza suas próprias proteínas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A história da pesquisa de Karikó sobre o RNA mensageiro remonta há décadas atrás, quando ela começou a investigar suas possibilidades terapêuticas. Ela acreditava que o mRNA poderia ser usado para tratar doenças genéticas e outras condições médicas, mas seu trabalho foi negligenciado por muito tempo pela comunidade acadêmica. Sua persistência foi recompensada quando suas descobertas sobre a modificação do mRNA permitiram que ele fosse usado de forma segura e eficaz para a produção de proteínas terapêuticas no corpo humano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Katalin Karikó e seu colaborador, Drew Weissman, tiveram um papel vital no desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 baseadas na tecnologia mRNA. A Pfizer-BioNTech e a Moderna utilizaram suas descobertas para criar vacinas que demonstraram uma eficácia extraordinária na prevenção da doença, permitindo o caminhar da pandemia para seu fim. As vacinas de mRNA são uma inovação que tem o potencial de revolucionar a medicina e a imunização. Elas são mais rápidas de se desenvolver e produzir do que as vacinas tradicionais, oferecendo uma vantagem significativa em resposta a pandemias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além da aplicação em formulação de vacinas, as contribuições de Karikó também têm o potencial de transformar a medicina personalizada. A capacidade de utilizar mRNA para direcionar a produção de proteínas específicas no organismo abre as portas para terapias altamente precisas e individualizadas para uma ampla gama de condições médicas, incluindo doenças genéticas raras. Essa abordagem promissora pode proporcionar esperança a muitas pessoas que enfrentam condições médicas desafiadoras e anteriormente sem tratamento específico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O trabalho de Karikó não é apenas uma conquista notável no campo da química, mas uma contribuição que se perpetuará por gerações. Sua pesquisa é uma base sólida para avanços futuros nas áreas de genética, biologia molecular, dentre outras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim, pode-se concluir que Katalin Karikó é uma cientista visionária cujas contribuições à ciência e à medicina merecem reconhecimento mundial. Seus trabalhos abriram caminho para avanços significativos na medicina personalizada e terapia genética, especialmente em relação ao vivenciado recentemente com a pandemia de Covid-19. Sua jornada é uma inspiração para todos que valorizam a busca incessante do conhecimento e a superação de adversidades. Além disso, a trajetória de Katalin Karikó destaca a importância da representatividade feminina na ciência, mostrando como mulheres cientistas podem desempenhar papéis fundamentais na transformação da saúde e do bem-estar da humanidade. Conceder-lhe o Prêmio Nobel de Química em 2023 seria uma homenagem justa a uma cientista cujo trabalho está quebrando barreiras e inspirando a próxima geração de pesquisadoras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;">Esse texto foi escrito por Rafaella Ferreira Alves, aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-21878004054570267342023-10-01T16:12:00.005-03:002023-10-01T16:12:30.516-03:00[Chute do Nobel T3E5] Tratamento para leucemia no caminho para o Nobel<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg6mJURFn74QwlksUNv3USorMAKrU9bpG6y2_GOw07LlLe2CK2-8EgBjCZ0QMC3iEBSL8revG92_Zg3An5mbe8UurfgRzjgXldEEGHmhRagbKRpbBfsmKfxcs0jUrruMM4lLOOBTtEHBtcHo7bdPoKcIlRgfipt39YbN0XUesjlmZJuZdPPXtAcacwHTM1/s1024/OIG.Coe_aqCoIjTQd6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg6mJURFn74QwlksUNv3USorMAKrU9bpG6y2_GOw07LlLe2CK2-8EgBjCZ0QMC3iEBSL8revG92_Zg3An5mbe8UurfgRzjgXldEEGHmhRagbKRpbBfsmKfxcs0jUrruMM4lLOOBTtEHBtcHo7bdPoKcIlRgfipt39YbN0XUesjlmZJuZdPPXtAcacwHTM1/s320/OIG.Coe_aqCoIjTQd6.jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">O câncer é uma das principais causas de morte no mundo, onde apenas em 2018 foi responsável pela morte de 9,6 milhões de pessoas no mundo, sendo o tratamento e a prevenção cruciais para diminuição de 30 a 50% da mortalidade desta doença (WHO, 2020). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, 19,3 milhões foram diagnosticadas com câncer, sendo que este cenário ainda pode ser agravado pela dificuldade de acesso a centros de saúde e paralização de tratamento oncológicos e não realização de exames preventivos e de diagnostico precoce para câncer durante a pandemia da COVID-19. E, exatamente pela sua gravidade, não é surpresa que pesquisas oncológicas sejam temas recorrentes dentre os ganhadores do Nobel.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um dos dez tipos de câncer mais comuns no mundo é a leucemia, onde vemos cerca de 257 mil novos casos por ano. Em 2022 pesquisadores reportaram o marco de 10 anos de sobrevivência de dois pacientes com leucemia que foram tratados com uma terapia inovadora, a terapia CAR-T. Essa terapia inovadora busca utilizar o próprio sistema imune do paciente como ferramenta de reconhecimento e ataque das células tumorais. O potencial dessa terapia é tão revolucionário que, nos Estados Unidos em 2017, o FDA (<i>Food and Drug Administration</i>) aprovou o uso dessa terapia como tratamento para patologias malignas no sangue, como é o caso da leucemia e linfomas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A terapia CAR-T consiste basicamente na utilização de receptores de antígenos quiméricos (CARs) que apresentam domínios de reconhecimento de antígeno e de cascata de sinalização de células T. As células T são um tipo de células branca do sangue e fazem parte do nosso sistema imune. São estas células responsáveis pela memória de imunização, isso porque são capazes de reconhecer células e antígenos, e agem também auxiliando na produção de anticorpos. Uma importante função é que estas células também podem reconhecer células infectadas e orquestrar sua morte. A ideia da terapia do CAR-T é exatamente utilizar as CARs para programar as células T do paciente para serem capazes de identificar as células tumorais. Uma vez modificadas, as células CAR-T modificadas são injetadas novamente no paciente e agora que passam a reconhecer células malignas iniciando o processo de morte destas células alvo. Como as células T, assim que encontram seu alvo se dividem em novas células, seriamos capazes de ao usar o CAR-T para produzir um exército de células modificadas para combater as células cancerígenas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esta terapia foi criada por um grupo de pesquisadores liderado por Carl June que faz parte da Escola de Medicina de Perelman na Universidade da Pennsylvania Estados Unidos, e foi também este grupo responsável por tratar pacientes com esta terapia em 2010. O primeiro paciente que participou do estudo clínico de June apresentava um quadro clínico de leucemia linfoide crônica. As células T do paciente foram coletadas e modificadas; duas semanas depois, as células tinham se multiplicado 700 vezes e foram então introduzidas de volta para corrente sanguínea do paciente. Após um mês da infusão, o paciente passou por uma biopsia da medula óssea e para surpresa dos pesquisadores nenhum câncer foi detectado. Este paciente permaneceu vivo e sem câncer por 11 anos, vindo a falecer 2021 por complicações da COVID-19.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A terapia de CAR-T é uma terapia inovadora que utiliza o próprio sistema imune do paciente, ou seja, causa mínimo de reação adversa por se tratar de células do próprias. Além de ser altamente personalizada e adaptada para cada tipo de câncer e situação. E exatamente por seu potencial e eficácia incrível no tratamento do câncer, o Dr. Carl June pode ser o próximo ganhador do Nobel de Medicina ou Fisiologia em 2023 pelo seu trabalho inovador e desenvolvimento de uma terapia que pode salvar milhões de pessoas, sendo seu uso para o tratamento de cânceres do sangue apenas o início.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>-----<br />Esse texto foi escrito por Rayane Efraim Correa, aluno de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-7348324498002216702023-10-01T15:55:00.000-03:002023-10-01T15:55:07.606-03:00[Chute do Nobel T3E4] Quem vai ganhar o Nobel este ano?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRczA1Ahb1FX2kueGQ1KQSrccgxO7Hvz3Oq9EGRJ5XXZAQ8QYaE0F7akSWEf9ZoH_PHNAcMQmem1PsVQCBIXUqMpYmtF4Vuu8uCCffVRFxb0yCfC5vZodl0F5mo45DfqpYsYyWoi65s7rdHeB3wQ7VLKUrO5fTnT7di1s0_q1TWWYvz18Iz9hA59rnBW6H/s1024/OIG%20(3).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRczA1Ahb1FX2kueGQ1KQSrccgxO7Hvz3Oq9EGRJ5XXZAQ8QYaE0F7akSWEf9ZoH_PHNAcMQmem1PsVQCBIXUqMpYmtF4Vuu8uCCffVRFxb0yCfC5vZodl0F5mo45DfqpYsYyWoi65s7rdHeB3wQ7VLKUrO5fTnT7di1s0_q1TWWYvz18Iz9hA59rnBW6H/s320/OIG%20(3).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 2023, a comunidade científica espera ansiosamente o anúncio do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. A aposta atual para ganhar nesta categoria, com grande expectativa, é o pesquisador Zelig Eshhar. O motivo? Sua contribuição revolucionária para a pesquisa em imunoterapia do câncer, especificamente a criação do receptor quimérico de antígeno, ou <i>CAR-T cell</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas o que exatamente é o <i>CAR-T cell</i> e por que isso poderia render o prêmio mais prestigioso do mundo para esse cientista e seu grupo?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Partindo do princípio, o câncer é uma doença desafiadora, caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais que frequentemente resistem aos tratamentos convencionais. Cirurgias, quimioterapia e radioterapia, embora eficazes em alguns casos, causam efeitos colaterais significativos e não garantem a cura.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nas últimas décadas, Eshhar e outros cientistas têm explorado a imunoterapia do câncer, como uma abordagem que utiliza o sistema imunológico do paciente para combater o câncer de forma direcionada. As células T, que são parte vital do sistema imunológico, têm o potencial de identificar e eliminar células cancerígenas. No entanto, o câncer frequentemente evita o sistema imunológico ou o suprime.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A pesquisa de Eshhar introduziu uma solução inovadora: as <i>CAR-T cells</i>. Essas células T são geneticamente modificadas para reconhecer especificamente as células cancerígenas e atacá-las de maneira eficaz. Imagine que as <i>CAR-T cells</i> são como caçadores de células cancerígenas altamente especializadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E como ocorre esse procedimento de modificação destas células de defesa? O processo começa com a coleta das células T do paciente, seguida da introdução de um gene que codifica o receptor quimérico de antígeno (CAR) nas células T. Posteriormente, essas <i>CAR-T cells</i> modificadas são cultivadas em grande quantidade e reintroduzidas no paciente. No corpo, elas atacam seletivamente as células cancerígenas, agindo como um exército de super soldados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os resultados da terapia <i>CAR-T cell</i> são notáveis. Pacientes com cânceres antes considerados incuráveis, como a leucemia linfoblástica aguda de células B, alcançam remissões duradouras. Isso representa uma revolução na luta contra o câncer, oferecendo esperança para diagnósticos desafiadores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A imunoterapia do câncer, com destaque para as <i>CAR-T cells</i>, é uma das áreas mais empolgantes da pesquisa atual em medicina. A pesquisa de Zelig Eshhar desempenhou um papel crucial ao criar e aprimorar essa abordagem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Caso ele receba o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2023, será um reconhecimento do impacto de suas pesquisas no campo da oncologia. Suas contribuições estão transformando a vida de pacientes com câncer em todo o mundo, oferecendo uma nova esperança e uma abordagem inovadora para enfrentar essa doença devastadora. É uma história de esperança, inovação e progresso na batalha contra o câncer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>-----<br />Esse texto foi escrito por Felipe Aprigio, aluno de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-67631901007447063602023-10-01T15:03:00.006-03:002023-10-01T15:06:16.200-03:00[Chute do Nobel T3E3] John Craig Venter: O próximo ganhador do prêmio Nobel pelos avanços na área de biologia e genômica sintética<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib1Vj_9GLOJ1vec2FnjBXhuqNYHEFUA8jpoM9OursZBmMGu3yBPQ9zMJjQhHHDW0OJyvzkHgqRMC6tLeesnUzSzvkMIANbmDIlrcc_TYrGLBoH2wJRs-gWNm7U-HziaGAn00I_EBNo0Iz6j3e0ChtSEXhVFB41CLrpx8TgRi4DADivOP7BIkej3fAGaF0p/s1024/OIG%20(2).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib1Vj_9GLOJ1vec2FnjBXhuqNYHEFUA8jpoM9OursZBmMGu3yBPQ9zMJjQhHHDW0OJyvzkHgqRMC6tLeesnUzSzvkMIANbmDIlrcc_TYrGLBoH2wJRs-gWNm7U-HziaGAn00I_EBNo0Iz6j3e0ChtSEXhVFB41CLrpx8TgRi4DADivOP7BIkej3fAGaF0p/s320/OIG%20(2).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">J. Craig Venter é um bioquímico norte-americano formado pela Universidade da Califórnia em San Diego, e se tornou PhD em fisiologia e farmacologia na mesma instituição. Além de pesquisador, atua como empresário, sendo fundador do instituto de pesquisa J.Craig Venter Institute, focado na pesquisa da genômica sintética e também seus aspectos éticos. Também fundou o Institute for Genomic Research e em 1998, o Celera Genomics, equipe responsável pela corrida do sequenciamento do genoma humano. Portanto, Venter é reconhecido pela sua forte atuação e impacto na área da genômica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pesquisador, em 1992, decodificou o genoma de uma bactéria de vida livre, utilizando a recém criada técnica de <i>shotgun</i> do genoma inteiro. Em 1998, iniciou o projeto para sequenciar o genoma humano a partir das técnicas que estavam sendo desenvolvidas na época, e em 2001, publicou os dados obtidos do sequenciamento do genoma humano, o que também foi feito para outros mamíferos e insetos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No ano de 2010, Venter e seu grupo de pesquisadores foram capazes de criar um organismo a partir de um genoma sintetizado em laboratório, uma bactéria denominada <i>Mycoplasma mycoides</i> JCVI-syn1.0. A nova bactéria foi criada a partir de projeções de sequência de pares de bases feita por computador, e sintetizadas em pequenas sequências de DNA da bactéria. Tais fragmentos de DNA foram inseridos em uma levedura, da qual foi previamente retirado seu material genético. A partir disso, os fragmentos de DNA se ligaram no interior da levedura, e em seguida, o DNA formado foi retirado e inserido em uma célula recipiente de <i>M. capricolum</i> (que teve seu material genético original retirado previamente), que foi capaz de sintetizar as proteínas codificadas pelo gene artificialmente sintetizado pelos cientistas e, principalmente, se auto-replicar continuamente. Para alcançar o êxito, foram investidos 40 milhões de dólares e quase 15 anos de pesquisa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa nova tecnologia abriu portas para um novo campo, a biologia sintética, e mais recentemente, a genômica sintética, caracterizada pelo design e síntese do genoma para a formação de vírus ou células. A biologia sintética pode ser usada para diversos fins, como por exemplo a criação de bactérias capazes de produzir combustível a partir de seu processo metabólico e a construção de vírus que poderão ser utilizados para a vacinação. Uma importante demonstração da capacidade dessa inovação, se deu no primeiro transplante de coração de porco para um paciente. Para tornar isso possível, o genoma do animal foi alterado, inserindo genes humanos e silenciando alguns genes do porco, para ser possível realizar o xenotransplante, dando mais 2 meses de vida para o paciente (o dobro do que era alcançado em outros procedimentos). Dessa forma, esse avanço científico foi capaz de abrir um leque de novas possibilidades de uso dessa tecnologia, que serão ainda desenvolvidos e sintetizados para o melhoramento na qualidade de vida da sociedade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desse modo, a biologia sintética, originada dos esforços do grupo de Venter, promete revolucionar a biotecnologia moderna. Por meio dessa tecnologia, matérias primas poderão ser sintetizadas em grandes quantidades e de forma sustentável, avanços na área médica e da pesquisa científica, e com grande potencial no melhoramento da qualidade de vida da sociedade, visando enfrentar os desafios mundiais das próximas décadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div><br /></div><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2860123/pdf/gkq119.pdf" target="_blank">Benders GA, Noskov VN, Denisova EA, Lartigue C, Gibson DG, Assad-Garcia N, Chuang RY, Carrera W, Moodie M, Algire MA, Phan Q, Alperovich N, Vashee S, Merryman C, Venter JC, Smith HO, Glass JI, Hutchison CA 3rd, 2010. <b>Cloning whole bacterial genomes in yeast</b>. Nucleic Acids Res. 38(8):2558-69.</a><div><br /></div><a href="https://www.science.org/doi/epdf/10.1126/science.1190719" target="_blank">Gibson DG, Glass JI, Lartigue C, Noskov VN, Chuang RY, Algire MA, Benders GA, Montague MG, Ma L, Moodie MM, Merryman C, Vashee S, Krishnakumar R, Assad-Garcia N, Andrews-Pfannkoch C, Denisova EA, Young L, Qi ZQ, Segall-Shapiro TH, Calvey CH, Parmar PP, Hutchison CA 3rd, Smith HO, Venter JC, 2010. <b>Creation of a bacterial cell controlled by a chemically synthesized genome</b>. Science. 329(5987):52-6.</a><div><br /></div><div><a href="https://www.jcvi.org/about/j-craig-venter" target="_blank">JCVI, 2023. <b>J. Craig Venter, PhD</b>.</a><br /><div><br /><a href="https://revistapesquisa.fapesp.br/a-s%C3%ADntese-da-cria%C3%A7%C3%A3o/" target="_blank">Pivetta, M., 2010. A síntese da criação. Revista Pesquisa FAPESP, 172.</a></div><div><br /></div><div><a href="https://www.cell.com/cell/fulltext/S0092-8674(22)00798-X?_returnURL=https%3A%2F%2Flinkinghub.elsevier.com%2Fretrieve%2Fpii%2FS009286742200798X%3Fshowall%3Dtrue" target="_blank">Venter JC, Glass JI, Hutchison CA 3rd, Vashee S, 2022. <b>Synthetic chromosomes, genomes, viruses, and cells</b>. Cell. 185(15):2708-2724.</a> <br /><div><br /></div><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Craig_Venter" target="_blank">Wikipédia, 2023. <b>Craig Venter</b>.</a></div></div><div><br /></div>-----<br /><i>Esse texto foi escrito por Victor Aguiar Franco, aluno de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</i>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-74277394628176391032023-10-01T14:41:00.004-03:002023-10-01T14:41:37.593-03:00[Chute do Nobel T3E2] Palpite: Philip D. Stahl, Maria da Graça Raposo e Clotilde Thery (vesículas extracelulares)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT1Ts1fDTk1WfG1ooq0Cp1AUbPoZrUfLkLWcEo-fNo8mn4br1ex7-eXfAtZaZloPqcvvfTUrTxMwtsWPAp4giHsIXOoSV7bGKnpg7uilBOPB2LH90wDVOYaLV0uIuN7UyofIPJJex9r4geSwLPvgs4jgpe5b6pOlON-Ppu9MWX8Oi_qXaUafw5E3yEjtxe/s1024/OIG%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT1Ts1fDTk1WfG1ooq0Cp1AUbPoZrUfLkLWcEo-fNo8mn4br1ex7-eXfAtZaZloPqcvvfTUrTxMwtsWPAp4giHsIXOoSV7bGKnpg7uilBOPB2LH90wDVOYaLV0uIuN7UyofIPJJex9r4geSwLPvgs4jgpe5b6pOlON-Ppu9MWX8Oi_qXaUafw5E3yEjtxe/s320/OIG%20(1).jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para realizar suas funções, as células de todos os organismos precisam se comunicar. Isso pode acontecer por meio do contato direto entre elas, transferência e secreção de moléculas e, mais atualmente, foi descoberta uma nova forma de comunicação: através das vesículas extracelulares.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As vesículas extracelulares são projeções de membrana que podem ser formadas por todos os tipos celulares, carregam o conteúdo da célula de origem e são capazes de realizar a transferência desse conteúdo para a célula alvo, que pode estar próxima ou distante. Sua composição depende da célula de origem, sendo altamente heterogênea, podendo conter lipídeos, ácidos nucleicos e proteínas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Elas são classificadas de acordo com a maneira que foi formada e pelo seu tamanho (algumas são tão pequenas que possuem o mesmo tamanho dos vírus!). As principais vesículas extracelulares estudadas são as vesículas extracelulares pequenas ou exossomos que possuem aproximadamente de 40-120 nm de diâmetro e são originados a partir de compartimentos endossomais celulares e as grandes ou microvesículas, que possuem de 50-1000 nm e são liberadas por brotamento da membrana plasmática.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde 1946, com estudo de Chargaff e West, havia uma curiosidade a respeito de uma fração que era sedimentada por centrifugação. Na época, não se sabia a importância dessas estruturas e foram consideradas “poeiras celulares”. No trabalho de Neville Crawford, de 1967, foi sugerido a importância biológica desses componentes livres de células, que passaram a ser denominados micropartículas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A década de 80 foi marcada pelo aumento da compreensão das vesículas e, os laboratórios de Philip Stahl e Rose Johnstone tiveram papéis essenciais nesse processo. As vesículas extracelulares pequenas foram descobertas e demonstradas em imagens belíssimas de microscopia eletrônica em 1983 pelo grupo do pesquisador Philip Stahl. E, em 1987, o grupo da pesquisadora Rose Johnstone as nomeou como exossomos. Embora atualmente seja evidente a importância desses trabalhos, a própria Rose sentiu, na época, que a descoberta era casualidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1996 foi publicado artigo, escrito pela pesquisadora Maria da Graça Raposo, que demonstrou que as vesículas extracelulares de células imunes são capazes de apresentar antígeno e foi considerado divisor de águas na área pois demonstrou que essas estruturas têm realmente ação em diversos processos biológicos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As pesquisadoras Maria da Graça Raposo e Clotilde Thery, ambas do Instituto Curie, se destacam na contribuição do avanço das pesquisas dessa área. Em 2001, realizaram análise proteômica de exossomos, em 2006 demonstraram protocolo de isolamento e caracterização dos exossomos e, em 2011, mostraram a secreção dessas estruturas, entre muitos outros trabalhos importantes. Além disso, atualmente participam da Sociedade Internacional de Vesículas Extracelulares, que desempenha um papel importantíssimo no avanço dos estudos na área, principalmente para a padronização dos protocolos experimentais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atualmente, há um grande crescimento no interesse de estudo dessas estruturas pois além de ter papel fisiológico também têm função em patologias. Com isso, podem ser utilizadas como marcadores de diagnóstico e estratégias terapêuticas, em doenças como câncer, isquemia e acidente vascular cerebral.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar do papel fundamental de diversos pesquisadores no processo de conhecimento das tão importantes vesículas extracelulares, como Chargaff, West, Neville Crawford e Rose Johnstone, não há possibilidade de premiação póstuma. Por essa razão, o meu palpite para os vencedores do prêmio Nobel de 2023 serão: Philip D. Stahl, Maria da Graça Raposo e Clotilde Thery.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><i><div style="text-align: justify;"><i>Esse texto foi escrito por Carol Costa Encarnação, aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz</i></div></i>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-1828289203230518692023-10-01T14:14:00.003-03:002023-10-01T14:14:32.005-03:00[Chute do Nobel T3E1] Rob Knight e avanços na compreensão do microbioma humano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0CxhiXhfmoQhslzB86TTrpkQAArF1JRpin_z_hKIfTtZYR2ITeKjVHGrLWfL_N0aAU-gxWSFzEdZz-GRhO1kNthV9sq2Wv-dU9ES8Syq6o6nAaoFim-ImM-ZWGOhCHM8_5NZaZgT6iyTDw7vMEtU0HJXZEz1tqlPNgobnChSGDAQN2nRqgDz3cIjAiLrU/s1024/OIG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0CxhiXhfmoQhslzB86TTrpkQAArF1JRpin_z_hKIfTtZYR2ITeKjVHGrLWfL_N0aAU-gxWSFzEdZz-GRhO1kNthV9sq2Wv-dU9ES8Syq6o6nAaoFim-ImM-ZWGOhCHM8_5NZaZgT6iyTDw7vMEtU0HJXZEz1tqlPNgobnChSGDAQN2nRqgDz3cIjAiLrU/w320-h320/OIG.jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">O microbioma humano é uma das áreas de estudo mais promissoras da fisiologia e da medicina das últimas décadas. A compreensão de que o corpo humano é formado por uma complexa comunidade de microrganismos, incluindo bactérias, arqueias, vírus e fungos e que aspectos dessa comunidade microbiana, como sua composição e interações, regulam diversos processos, tanto fisiológicos quanto patológicos, é de fato algo revolucionário.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sendo assim, pesquisas acerca desta temática são fortes concorrentes à nomeação ao prêmio Nobel. Um dos principais indicativos para a minha escolha desta área foram: o precedente histórico, como a nomeação de Robin Warren e Barry Marshall em 2005 pela descoberta da <i>Helicobacter pylori</i> (Nobel Prize, 2023); os avanços tecnológicos e científicos que sucederam nos anos seguintes, expandindo a relevância do tema; e a lista de possíveis laureados liberada pela empresa Clarivate (Pendlebury 2023), uma empresa de análise de dados que investiga potenciais candidatos ao prêmio Nobel tendo como base artigos científicos da plataforma Web of Science altamente citados desde a década de 1970.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um nome proeminente na área é Rob Knight, um microbiologista computacional neozelandês e professor da Universidade da Califórnia, em San Diego (American Society for Microbiology, 2017). Suas principais contribuições se deram através de estudos de diversidade microbiana em larga escala, utilizando técnicas de sequenciamento da nova geração e o desenvolvimento de ferramentas e estratégias para análise desses dados (Mandal e cols, 2015).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre outros recortes do tema destacam-se a relação do microbioma e saúde mental - como a microbiota intestinal está relacionada com o cérebro e pode alterar efeitos comportamentais como a ansiedade; microbioma e obesidade - como a microbiota pode induzir alterações no perfil de alimentação de camundongos a ponto de torná-los obesos; microbioma e seu potencial terapêutico - como a utilização de probióticos e o transplante de microbiota.</div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=0a7CDZ3IiCo" target="_blank">American Society for Microbiology, 2017. <b>Rob Knight - The Microbiome Project</b>. In: YouTube.com</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="Needham BD, Funabashi M, Adame MD, Wang Z, Boktor JC, Haney J, Wu WL, Rabut C, Ladinsky MS, Hwang SJ, Guo Y, Zhu Q, Griffiths JA, Knight R, Bjorkman PJ, Shapiro MG, Geschwind DH, Holschneider DP, Fischbach MA, Mazmanian SK. A gut-derived metabolite alters brain activity and anxiety behaviour in mice. Nature. 2022 Feb;602(7898):647-653. doi: 10.1038/s41586-022-04396-8. Epub 2022 Feb 14. PMID: 35165440; PMCID: PMC9170029." target="_blank">Holschneider DP, Fischbach MA, Mazmanian SK, 2022. <b>A gut-derived metabolite alters brain activity and anxiety behaviour in mice</b>. Nature 602(7898):647-653.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4450248/">Mandal S, Van Treuren W, White RA, Eggesbø M, Knight R, Peddada SD, 2015. <b>Analysis of composition of microbiomes: a novel method for studying microbial composition</b>. Microb Ecol Health Dis. 26:27663.</a></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9170029/" target="_blank"></a><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9170029/" target="_blank">Needham BD, Funabashi M, Adame MD, Wang Z, Boktor JC, Haney J, Wu WL, Rabut C, Ladinsky MS, Hwang SJ, Guo Y, Zhu Q, Griffiths JA, Knight R, Bjorkman PJ, Shapiro MG, Geschwind DH, Holschneider DP, Fischbach MA, Mazmanian SK. 2022. <b>A gut-derived metabolite alters brain activity and anxiety behaviour in mice</b>. Nature. 602(7898):647-653.</a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2005/summary/" target="_blank">Nobel Prize, 2023. <b>The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2005</b>. In: Nobelprize.org</a></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://clarivate.com/blog/researchers-of-nobel-class-citation-laureates-2023/" target="_blank">Pendlebury, D. 2023. <b>Researchers of Nobel class: Citation Laureates 2023</b>. In: Clarivate.com</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2677729/" target="_blank">Turnbaugh PJ, Hamady M, Yatsunenko T, Cantarel BL, Duncan A, Ley RE, Sogin ML, Jones WJ, Roe BA, Affourtit JP, Egholm M, Henrissat B, Heath AC, Knight R, Gordon JI, 2009. <b>A core gut microbiome in obese and lean twins</b>. Nature. 457(7228):480-4.</a></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5065053/" target="_blank"></a><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5065053/" target="_blank">Wischmeyer PE, McDonald D, Knight R, 2016. <b>Role of the microbiome, probiotics, and 'dysbiosis therapy' in critical illness</b>. Curr Opin Crit Care. 22(4):347-53.</a></div></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>-----<br /><i>Esse texto foi escrito por Luiz Gabriel Xavier Botelho, aluno de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz</i>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-47574654070685484672023-01-10T15:14:00.004-03:002023-01-10T15:14:36.250-03:00Rapte-me, Camaleoa!<div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlV8Q02bJefJi1BjxUU2EbuTCZhGs7fYf_Xv6MmZcpPlbPVin45RIaRo6MvGPYdQrcF2mqVv87IE5-7gboIyElyISQ7ZXit0fR4SMemQGBwkYAdZvvAueAni9EvaEU0oEe0FBrZIejGZXyRIkj-hO3yLByL0pmClwsUtO0DHo6DEYn6Mup2WXpjTeKAg/s709/webpc-passthru.webp"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlV8Q02bJefJi1BjxUU2EbuTCZhGs7fYf_Xv6MmZcpPlbPVin45RIaRo6MvGPYdQrcF2mqVv87IE5-7gboIyElyISQ7ZXit0fR4SMemQGBwkYAdZvvAueAni9EvaEU0oEe0FBrZIejGZXyRIkj-hO3yLByL0pmClwsUtO0DHo6DEYn6Mup2WXpjTeKAg/w400-h266/webpc-passthru.webp" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Recebi recentemente pelo Whatsapp um <a href="https://www.instagram.com/reel/CmVPKl7Px_V/?igshid=NWQ4MGE5ZTk=" target="_blank">vídeo</a> do Instagram mostrando um camaleão escalando uma série de lápis de cor diferentes. Cada vez que ele encostava a pata em um novo lápis, a cor dele mudava rapidamente, de acordo com a cor do lápis. Muito legal! Pena que não é verdade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O vídeo era originalmente de um perfil de um camaleão de estimação e o responsável alterou o vídeo digitalmente, incluindo essas mudanças de cores rápidas no bicho. Ele deixou um aviso no vídeo original, explicando que era computação gráfica e que tinha feito só para ser divertido. Mas isso não impediu outras pessoas de retirarem o aviso e divulgarem pela Internet. Fazer o quê?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas aqui embaixo tem um vídeo mostrando como de fato um camaleão muda de cor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/w9ecX8PRPSw" title="YouTube video player" width="560"></iframe><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Reparem duas coisas: 1) o vídeo está acelerado dez vezes, ou seja, a mudança de cor é lenta; e 2) ficando mais amarelo avermelhando, a última coisa que ele está fazendo é ficar mais camuflado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu sempre me perguntei como o camaleão sabia que cor ele tinha que escolher para ficar bem escondido. Se o primeiro vídeo fosse verdade, só encostar na cor seria suficiente para o bicho mudar de cor. Ele seria quase um X-Men (ou X-Chameleon)! Mas o camaleão não precisa saber para que cor mudar para se camuflar. Isso porque é muda de cor para aparecer!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os camaleões em situações normais são verdes, com riscos mais claros puxando para o amarelo ou cinza. Ou seja, eles são perfeitamente camuflados para o ambiente onde vivem: entre as folhas de galhos de árvores. Mas então para que mudar de cor?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os camaleões podem mudar de cor com a intenção de se comunicar com outros bichos da mesma espécie, tentando atrair um parceiro (oi, sumido!) ou afastar um rival numa disputa de território. Ficar muito colorido também pode ajudar a escapar de predadores, já que esses podem não estar acostumados com esses padrões e acabam se confundindo. A mudança de cor também ajuda os camaleões a regular a sua temperatura. Como eles não são animais de sangue quente como nós, eles dependem do calor ambiente. Assim, eles podem ficar mais escuros para se esquentar mais no sol (roupa escura esquenta), ou mais claros se quiserem tentar esfriar. Mas como eles conseguem mudar de cor?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os camaleões tem dois tipos especiais de células na pele: os cromatóforos e os iridóforos. Os cromatóforos são células que possuem pigmentos coloridos e o bicho consegue controlar a posição dessas células e a concentração dos pigmentos. Assim, se os cromatóforos estão mais na superfície da pele e mais concentrados, o camaleão fica mais escuro. Por outro lado, se as células vão mais para dentro na pele, o bicho fica mais claro. Já os iridóforos são células que acumulam tanto sal que eles formam cristais. Sabe quando a luz do sol passa através de algum vidro de janela e forma um arco-íris na parede? Os cristais nos iridóforos funcionam igualzinho. Assim a luz do sol bate no camaleão e é refletida e refratada pelos cristais de sal, permitindo que o bicho tenha um arco-íris de cores para escolher. Como o camaleão também consegue mudar a posição dos iridóforos, ele consegue assumir diferentes padrões de coloração. A combinação dos efeitos dos cromatóforos e dos iridóforos dá essa coloração incrível aos camaleões.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não tão incrível como mudar de cor imediatamente enquanto escala uma sequeência de lápis de cor, mas pelo menos de verdade!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Referências</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rstb.2008.0254?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed" target="_blank">STUART-FOX, D.; MOUSSALLI, A. <b>Camouflage, communication and thermoregulation: lessons from colour changing organisms</b>. Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological Sciences, v. 364, n. 1516, p. 463–470, 2009.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.nature.com/articles/ncomms7368" target="_blank">TEYSSIER, J. et al. <b>Photonic crystals cause active colour change in chameleons</b>. Nature Communications, v. 6, p. 6368, 2015.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-73076769872801001002022-10-02T12:00:00.051-03:002022-10-02T12:00:00.377-03:00[Chute do Nobel T2E1] A persistente Katalin Karikó: uma candidata à ganhadora do Prêmio Nobel de 2022<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5dfaid-9j4pW_9G-NqfY9qwFbrFs5nsHEpsMXRZNLG9C_ioMqcOtv5-65K1VzMJ74eaqhLfp5laqJ6cg2Xe8V4hDp0g7OAqgbkyRK36WU9wl7Xl-xryIpNPqSqWSvxOzDMlbouAleSARWd0H1v8DUXTNVkuVp-wQW_P39EjA2qIsp_NUCx3uuZJisJA/s480/a7c4ade659e052acfd61659c633ebc3c.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="436" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5dfaid-9j4pW_9G-NqfY9qwFbrFs5nsHEpsMXRZNLG9C_ioMqcOtv5-65K1VzMJ74eaqhLfp5laqJ6cg2Xe8V4hDp0g7OAqgbkyRK36WU9wl7Xl-xryIpNPqSqWSvxOzDMlbouAleSARWd0H1v8DUXTNVkuVp-wQW_P39EjA2qIsp_NUCx3uuZJisJA/s320/a7c4ade659e052acfd61659c633ebc3c.png" width="291" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Katalin Karikó é uma bioquímica búlgara que migrou com sua família para os Estados Unidos da América (EUA) em 1985 para dar continuidade a sua pesquisa com RNA.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No período de 1985 a 1988, durante o seu pós-doutorado na Temple University, na Filadélfia, e na “Uniformed Services University of Health Sciences”, em Bethesda, Karikó participou de um ensaio clínico em que os pacientes com AIDS, doenças hematológicas e Síndrome da Fadiga Crônica foram tratados com RNA de fita dupla (dsRNA). Esta pesquisa foi considerada inovadora, pois o mecanismo molecular da indução do interferon, uma proteína envolvida no sistema de defesa do corpo, por dsRNA não era conhecido, apesar dos efeitos antivirais e anticancerígenos do interferon já estivessem bem documentados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1989, Karikó começou a pesquisar com a cardiologista Elliot Barnathan na Universidade da Pensilvânia, sobre o RNA mensageiro (mRNA). O mRNA é uma molécula que carrega instruções para a construção de proteínas do DNA de uma célula para suas máquinas de construção molecular.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde 1990, a terapia baseada em mRNA tem sido o principal interesse de pesquisa de Karikó. Porém, a falta de resultados positivos em suas pesquisas, a fez passar por vários problemas acadêmicos, como a falta de financiamento, por exemplo. Neste mesmo período, ela descobriu um câncer e o seu marido teve problemas com o visto nos EUA.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1997, ela conheceu Drew Weissman, professor de imunologia da Universidade da Pensilvânia. Os dois cientistas começaram a trabalhar juntos. Os pesquisadores estavam interessados na possibilidade de usar o mRNA para estimular o corpo a desenvolver imunidade contra patógenos virais. Em estudos iniciais, eles descobriram que o mRNA é altamente imunogênico, ou seja, provocam respostas imunes contraproducentes no corpo. No entanto, quando Karikó realizou experimentos com um tipo diferente de molécula de RNA, o tRNA, ela não observou os mesmos efeitos imunogênicos. Essa observação encorajou-a com o Weissman a experimentar nucleosídeos modificados. Karikó se concentrou no motivo pelo qual o tRNA usado como controle em um experimento não provocou a mesma reação imune que o mRNA para torná-lo não imunogênico. Seus artigos foram rejeitados pelas revistas <i>Nature</i> e <i>Science</i>, porém o artigo foi aprovado na revista <i>Immunity</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os pesquisadores identificaram associações entre nucleosídeos de mRNA modificados específicos e imunogenicidade reduzida. Um avanço que resultou em uma tecnologia conhecida como RNA não imunogênico modificado por nucleosídeos. Desde o ano de 2005, Karikó e Weissman detém a patente desta tecnologia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No início de 2013, Karikó ficou sabendo de um acordo entre as empresas Moderna e AstraZeneca para desenvolvimento de um mRNA do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). O gene VEGF está envolvido no processo de angiogênese no câncer, isquemia e outras doenças.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Karikó, cansada das dificuldades em aplicar a sua experiência com mRNA existentes na Universidade da Pensilvânia, resolveu assumir o cargo de vice-presidente da BioNTech RNA Pharmaceuticals com a finalidade de continuar a sua extensa pesquisa com o mRNA.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 2020, com a urgência em desenvolver uma vacina que pudesse prevenir ou reduzir a gravidade da infecção pelo SARS-CoV-2, a pesquisa usando o mRNA ocorreu de forma mais intensa. A geração de vacinas de mRNA é relativamente rápida, contando principalmente com tecnologias sintéticas, sem a necessidade de vírus de verdade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo o Karikó e Weissman, a partícula de mRNA sintética é o código para a produção de proteína viral, que sozinha não é capaz de causar doença, mas ativa células do sistema imune a ficarem de prontidão para a eventual contaminação com agente infeccioso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A persistência de Karikó na terapia de mRNA teve um papel fundamental na pandemia do COVID-19, pois foi por meio de suas pesquisas iniciais com mRNA que ocorreu o desenvolvimento de, pelo menos, uma das vacinas utilizadas. Este trabalho árduo foi reconhecido pela comunidade científica, onde ela recebeu vários prêmios a partir de 2020, como: Rosenstiel Award; Japan Prize; Canada Gairdner International Award; Tang Prize e outros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O trabalho da Karikó é relevante inclusive para o desenvolvimento de outras terapias envolvendo o mRNA em combate a outras doenças. Por tudo que desenvolveu até o momento, é possível depreender que Karikó é uma forte candidata ao prêmio Nobel de Medicina no ano de 2022.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;"><i>Esse texto foi escrito por Cristiane Bastos Leta Vieira, aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz</i></div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-20954318606735604132022-10-02T12:00:00.050-03:002022-10-02T12:00:00.200-03:00[Chute do Nobel T2E12] Quem ganhara o prêmio Nobel esse ano de 2022?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWEd_bpWQvQNFLIQmGDOqE5TMWEohwc0Y2jzNOM_Qrz8ck25LCCTM89-XNx_TgKnLtPZRwo9mWrx7AsYKVd-UowvTf7J-soE0t3xCBpz8EhOUgOud16xs17d0sqQ_j164HmOSomazvK2V6d6Nxor1duKBxthGYQGuuWdrvveXEL0VS_bj4_Hq0nIJkVw/s3000/hypatia-h_eb35f3889aaba106f9e0a277af8f7002-h_5440f17468e1ccd0131539d9ad520e8d.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2000" data-original-width="3000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWEd_bpWQvQNFLIQmGDOqE5TMWEohwc0Y2jzNOM_Qrz8ck25LCCTM89-XNx_TgKnLtPZRwo9mWrx7AsYKVd-UowvTf7J-soE0t3xCBpz8EhOUgOud16xs17d0sqQ_j164HmOSomazvK2V6d6Nxor1duKBxthGYQGuuWdrvveXEL0VS_bj4_Hq0nIJkVw/s320/hypatia-h_eb35f3889aaba106f9e0a277af8f7002-h_5440f17468e1ccd0131539d9ad520e8d.webp" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atualmente em um país como Brasil, com um alto nível de miscigenação, várias linhagens se cruzam formando indivíduos extremamente diferentes. Essa característica afeta diretamente a formação óssea dos maxilares e dentarias, muitas vezes para uma melhoria genética, porém em uma sua grande maioria para uma não padronização dos ossos maxilares e da arcada dentária. Essas diferenças em um país subdesenvolvido onde não existem políticas serias de apoio a saúde, deixam o povo totalmente desamparados levando a perda dos elementos dentários muito cedo, causando muitas vezes uma reabsorção ósseo severa. Outro fator importante a ser levando em consideração e de que independente da classe social essas miscigenações proporcionam um elevado índice de doenças como periodontia que por vez fazem os indivíduos perderem os dentes de maneira mais rápida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto existem inúmeras linhas de pesquisas para tentar entender como funciona exatamente o processo de remodelação óssea, desde a cascata de coagulação até a formação da matriz óssea final (osso regenerado).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A dificuldade para se entender e conseguir desenvolver algo que seja viável para proporcionar uma nova reconstrução óssea é que o processo de remodelação óssea é muito complexo e envolve diversas vias, e cada uma dessas vias desempenham um papel fundamental para que o processo aconteça. Contundo com a evolução dos biomateriais está sendo possível entender melhor como tudo se encaixa, principalmente por conta na nanotecnologia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que a nanotecnologia proporcionou que está sendo de grande importância cientifica é a possibilidade de criar biomateriais com partículas manométricas que são chamados de arcabouços.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como os biomateriais micrométricos não era possível criar arcabouços que fossem capazes de atrair as células que são responsáveis pelo processo de remodelação óssea.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse mecanismo acionado pelo arcabouço manométrico é capaz de formar uma condição ideal para que os osteoclastos ao se depararem com os biopolímeros comecem a querer degradá-los liberando os RANKs. Essa ativação vai elevar os níveis de TNF-alfa, que irá diminuir o NFkappaB, que é o fator que regula a cascata inflamatória do reparo ósseo. Portanto quando esse fator é inativado ou diminuído, os níveis altos de TNF-alfa induzem algumas interleucinas como a 2 e a 6 para aumentar os níveis de RANK-L, o que irá ativar a diferenciação de monócitos em osteoclatos imaturos. Futuramente, esses irão se diferenciar em pré-osteoclastos e osteoclastos maduros. Essa cascata acontece até o corpo entender que está acontecendo uma agressão no tecido ósseo, seja porque o osteoclasto está degradando muito o biopolímero, ou até mesmo o restante do remanescente ósseo. Quando esse outro mecanismo começa a acontecer, são ativadas duas proteínas (BMP e TGF-B) que irão incentivar as células mesenquimais a se diferenciar em osteoblasto imaturo, pré-osteoblasto e osteoblasto maduro. Esse último irá tentar recompensar essa perda causada pelo osteoclasto, depositando matriz ósseo na área perdida ou degradada. O papel do arcabouço ideal é ser degradado na medida certa pelo osteoclasto e proporcionar um ambiente favorável para o osteoblasto possa se acoplar e depositar sua matriz óssea. Essas atividades iram acontecer até quando uma outa proteína OPN for ativada, que por sua vez tem a função de se ligar no receptor do RANK librado pelo osteoclasto, não deixando acontecer o aumento dos níveis de TNF-alfa consequentemente fechando assim de maneira bem resumida o processo de remodelação óssea.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seguindo esse pensamento de que existe uma grande demanda de pacientes que necessitam de reconstruções ósseas, um dos próximos Prêmios Nobel pode ser para o pesquisador que consiga desenvolver o arcabouço ideal que tenha a característica de conduzir e induzir o mecanismo de reparo ósseo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Referências:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="doi: 10.1038/s41598-019-56124-4" target="_blank">da Silva Brum, I., de Carvalho, J.J., da Silva Pires, J.L., de Carvalho, M.A.A., Dos Santos, L.B.F., Elias, C.N., 2019. <b>Nanosized hydroxyapatite and β-tricalcium phosphate composite: Physico-chemical, cytotoxicity, morphological properties and <i>in vivo</i> trial</b>. Sci Rep. 9(1):19602.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="doi: 10.3390/ma13204598" target="_blank">da Silva Brum, I., Frigo, L., Lana Devita, R., da Silva Pires, J.L., Hugo Vieira de Oliveira, V., Rosa Nascimento, A.L., de Carvalho, J.J., 2020. <b>Histomorphometric, Immunohistochemical, Ultrastructural Characterization of a Nano-Hydroxyapatite/Beta-Tricalcium Phosphate Composite and a Bone Xenograft in Sub-Critical Size Bone Defect in Rat Calvaria</b>. Materials (Basel). 15;13(20):4598.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="doi: 10.2147/IJN.S301470" target="_blank">da Silva Brum, I., Frigo, L., Goncalo Pinto Dos Santos, P., Nelson Elias, C., da Fonseca, G.A.M.D., Jose de Carvalho, J., 2021. <b>Performance of Nano-Hydroxyapatite/Beta-Tricalcium Phosphate and Xenogenic Hydroxyapatite on Bone Regeneration in Rat Calvarial Defects: Histomorphometric, Immunohistochemical and Ultrastructural Analysis</b>. Int J Nanomedicine. 18;16:3473-3485.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="doi: 10.3390/ma14112854" target="_blank">Pires, J.L.D.S., de Carvalho, J.J., Pereira, M.J.D.S., Brum, I.D.S., Nascimento, A.L.R., Dos Santos, P.G.P., Frigo, L., Fischer, R.G., 2021. <b>Repair of Critical Size Bone Defects Using Synthetic Hydroxyapatite or Xenograft with or without the Bone Marrow Mononuclear Fraction: A Histomorphometric and Immunohistochemical Study in Rat Calvaria</b>. Materials (Basel). 26;14(11):2854.</a></div>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465tag:blogger.com,1999:blog-3090421354249581420.post-82655018886222675422022-10-02T12:00:00.047-03:002022-10-02T12:00:00.377-03:00[Chute do Nobel T2E11]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3eBT6AePxFyHi1juc1oVlmnQTTEG4nst4upRvDcx5WSrQG_RoVfWmDRUlkFDh9e8wLSUli_rc8lH-mZPagrPeoULphl3gCTJuIrkvL5wjv3PH_fzVaEiteMLYrGGIjraoub_-mf2bklx60AK1qAK1QQDlQyBFFJaBAsA5DEzglY3gHDOYbPZho4hWlA/s700/16584766.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="700" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3eBT6AePxFyHi1juc1oVlmnQTTEG4nst4upRvDcx5WSrQG_RoVfWmDRUlkFDh9e8wLSUli_rc8lH-mZPagrPeoULphl3gCTJuIrkvL5wjv3PH_fzVaEiteMLYrGGIjraoub_-mf2bklx60AK1qAK1QQDlQyBFFJaBAsA5DEzglY3gHDOYbPZho4hWlA/s320/16584766.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A minha aposta para quem vai o Prêmio Nobel esse ano é a bioquímica húngara Katalin Karikó. Quem é Katalin Karikó? Uma mulher forte e determinada, que nasceu em 1955 em Szolnok, Hungria, e que dedicou sua vida à pesquisa. Sua pesquisa é voltada para o desenvolvimento do mRNA transcrito in vitro para terapia com proteínas. Ela desenvolveu terapias e vacinas de RNA mensageiro, que é a base de diversos tratamentos que hoje salvam a vida de milhares de pessoas pelo mundo. Apesar de ser ganhadora de prêmios como <i>Science of the Future Solvay</i> de 2022 (onde ela ganhou o valor de 300 mil euros, cerca de 1 milhão e 800 mil reais) e o prêmio Rosenstiel de Trabalho Destacado em Medicina Básica, sua vida até chegar a esse momento foi de muitos altos e baixos, tanto na ciência, quanto na saúde. Ela foi para os Estados Unidos da América, Szeged com seu marido e filho com apenas 6 mil reais, após ser demitida da Universidade em que trabalhava na Hungria e começou a trabalhar na <i>Temple University</i>, na Filadelfia, em 1985. Após um período na Filadelfia, foi transferida para a Universidade da Pensilvânia. Naquela época era comum pesquisar o RNA mensageiro, mas depois que ela chegou à Universidade, usar o material genético de um vírus no corpo humano para duplicar proteínas para combater esse vírus era considerado radical e arriscado, e por isso, não conseguia financiamentos para sua pesquisa. Mesmo assim, ela não se intimidou, e continuou apostando em seu trabalho. Alguns anos depois, ela foi diagnosticada com câncer, o que faria com que qualquer pessoa desanimasse de seus afazeres, porém mesmo com o pensamento de ir embora da Universidade e fazer outra coisa da vida, ela continuou lutando pela vida e pelo que acreditava. Foi então que ela se juntou ao imunologista Drew Weissman e, finalmente, conseguiu receber patentes para sua tecnologia. Logo após, conseguiu emprego na BioNTech, uma empresa alemã. A BioNTech, juntamente com a Pfizer, é conhecida por desenvolver a vacina contra o Coronavírus. A pesquisa de Karikó poderá ajudar a combater outras doenças como câncer, infecção por gripe, malária e HIV no futuro. Desde 2013 ela é vice-presidente sênior da BioNTech RNA Pharmaceuticals e seus trabalhos acumulam mais de 12 mil citações acadêmicas. Bom, meu palpite é que as pesquisas de Karikó tiveram uma importância absurda nesse período de pandemia, o que me leva a crer que seu nome será escolhido para ser a grande ganhadora deste prêmio tão importante. Vale acrescentar que suas pesquisas ainda podem colher frutos para descobertas de cura de outras doenças graves que assombram a população. Logo, se ela não levar o prêmio este ano, acredito que nos próximos anos poderá ter descobertas tão importantes quanto a da vacina do Coronavírus que a levarão a conquistar esse tão sonhado prêmio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">-----</div><div style="text-align: justify;"><i>Esse texto foi escrito por Juliana Tobias da Silva, aluna de douturado do Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental da Universidade do Estado do Rio de Janeiro como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel em Biociências", coordenada pelo professor David Majerowicz.</i></div><p class="Standard" style="line-height: 115%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Lucida Sans";"><o:p></o:p></span></p>David Majerowiczhttp://www.blogger.com/profile/10509648928646664128noreply@blogger.com0Rio de Janeiro, RJ, Brasil-22.9068467 -43.1728965-51.217080536178841 -78.329146500000007 5.4033871361788464 -8.0166465