Em algum momento você já ouviu falar que em um determinado momento da história houve presença de chumbo nos combustíveis utilizados em carros?
Conhece os efeitos tóxicos que esse metal pode causar nos seres humanos? O chumbo pode causar alterações no desenvolvimento de crianças devido sua deposição nos ossos, efeitos nos nervos, anemia, problemas nos rins, assim como, problemas no coração.
Hoje eu vou contar como mais ou menos essa história começou. Em 1922, nos Estados Unidos, iniciou esse processo de adição de chumbo na gasolina com uma única finalidade: aumentar o desempenho da gasolina. Logo depois, esse fato também ocorreu no Brasil, mas não durou por muito tempo.
O que não era elucidado eram os potentes efeitos que esse metal poderia causar nas pessoas ao ser eliminado pelos gases dos automóveis. Independente da segurança com que esse metal era usado nesse tipo de processo industrial, algum nível de exposição humana seria inevitável.
Logo após, entra em campo um geoquímico chamado Clair Patterson que, ao tentar identificar através de experimentos de sua área a idade do planeta Terra, ele utilizou um método de pesquisa que consistia em determinar em cristais de zircônia a quantidade de teor de chumbo. Com esse experimento, ele conseguiu obter a quantidade exata do chumbo no ar. Demorou anos para que Patterson percebesse e fosse capaz de comprovar que os problema resultantes de intoxicações que estavam ocorrendo naquele momento eram provenientes à adição desse metal na gasolina, podendo matar muitas pessoas.
Em seguida dessa descoberta, ele lutou para provar ao público o risco que se tinha com os níveis de chumbo no ambiente e em processos industriais. Lutou de forma dura contra a indústria para retirar o chumbo que era usado nos combustíveis, e devido sua atitude, ele foi retirado de um Conselho de Pesquisa Nacional relacionados a contaminantes, mesmo sendo um grande especialista.
A indústria perseguiu Patterson severamente, pois ele mexeu com interesses de grandes corporações que tinham no chumbo uma matéria prima abundante e de relativa fácil extração.
A luta do mencionado cientista por décadas até que de fato sua tese fosse aceita e a utilização do chumbo restringida, reaviva o debate sobre a contestação, por parte do setor econômico. Além disso, suscita o desserviço que parte isolada de cientistas fornece a humanidade quando, através de metodologias absolutamente questionáveis, conduzem suas pesquisas única e exclusivamente para atender o interesse de grandes corporações, o que foi o caso da aceitação dessa incorporação na gasolina.
Por fim, apenas em 1986, foi estabelecido a erradicação de chumbo nos combustíveis.
São exemplos atuais de atitudes que caminham na contramão do progresso científico o descrédito e a falta de qualquer debate, por parte do atual governo, com relação aos dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE acerca considerável aumento no desmatamento da Amazônia.
Referência:
Conhece os efeitos tóxicos que esse metal pode causar nos seres humanos? O chumbo pode causar alterações no desenvolvimento de crianças devido sua deposição nos ossos, efeitos nos nervos, anemia, problemas nos rins, assim como, problemas no coração.
Hoje eu vou contar como mais ou menos essa história começou. Em 1922, nos Estados Unidos, iniciou esse processo de adição de chumbo na gasolina com uma única finalidade: aumentar o desempenho da gasolina. Logo depois, esse fato também ocorreu no Brasil, mas não durou por muito tempo.
O que não era elucidado eram os potentes efeitos que esse metal poderia causar nas pessoas ao ser eliminado pelos gases dos automóveis. Independente da segurança com que esse metal era usado nesse tipo de processo industrial, algum nível de exposição humana seria inevitável.
Logo após, entra em campo um geoquímico chamado Clair Patterson que, ao tentar identificar através de experimentos de sua área a idade do planeta Terra, ele utilizou um método de pesquisa que consistia em determinar em cristais de zircônia a quantidade de teor de chumbo. Com esse experimento, ele conseguiu obter a quantidade exata do chumbo no ar. Demorou anos para que Patterson percebesse e fosse capaz de comprovar que os problema resultantes de intoxicações que estavam ocorrendo naquele momento eram provenientes à adição desse metal na gasolina, podendo matar muitas pessoas.
Em seguida dessa descoberta, ele lutou para provar ao público o risco que se tinha com os níveis de chumbo no ambiente e em processos industriais. Lutou de forma dura contra a indústria para retirar o chumbo que era usado nos combustíveis, e devido sua atitude, ele foi retirado de um Conselho de Pesquisa Nacional relacionados a contaminantes, mesmo sendo um grande especialista.
A indústria perseguiu Patterson severamente, pois ele mexeu com interesses de grandes corporações que tinham no chumbo uma matéria prima abundante e de relativa fácil extração.
A luta do mencionado cientista por décadas até que de fato sua tese fosse aceita e a utilização do chumbo restringida, reaviva o debate sobre a contestação, por parte do setor econômico. Além disso, suscita o desserviço que parte isolada de cientistas fornece a humanidade quando, através de metodologias absolutamente questionáveis, conduzem suas pesquisas única e exclusivamente para atender o interesse de grandes corporações, o que foi o caso da aceitação dessa incorporação na gasolina.
Por fim, apenas em 1986, foi estabelecido a erradicação de chumbo nos combustíveis.
São exemplos atuais de atitudes que caminham na contramão do progresso científico o descrédito e a falta de qualquer debate, por parte do atual governo, com relação aos dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE acerca considerável aumento no desmatamento da Amazônia.
Referência:
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