Os cientistas Michael Shepard, Dennis Slamon e Axel Ullrich foram responsáveis por inventarem o Herceptin® (tratuzumabe), o primeiro anticorpo monoclonal que bloqueia a proteína HER2 (receptor do tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano). Engana-se quem pensa que esse agente anticâncer seja mais um tratamento ineficaz. O Herceptin® é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático (ou seja, já espalhado pelo corpo), inicial ou câncer de estômago avançado que apresentam tumores com mais HER2 do que o normal, ou seja, pacientes HER2 positivos (HER2+). Em níveis normais, essa proteína exerce um papel importante no crescimento e desenvolvimento das células epiteliais. O tecido mamário é composto por células epiteliais. Na década de 70, os cientistas descobriram que a desregulação da atividade dos genes pode desencadear câncer. Um proto-oncogene é um gene normal que se torna um oncogene (ou seja, causador de um tumor) devido a uma mutação ou ao aumento da sua atividade. Baseado nisso, eles pensaram se inibindo a atividade desses oncogenes poderia impedir o problema que eles provocam. O gene HER2/neu, responsável pela produção da proteína HER2, é um proto-oncogene.
A proteína HER2 exerce um papel regulador nas células epiteliais, porém, um erro aleatório neste gene pode levar ao desenvolvimento do câncer de mama. A terapia para transformar o HER2 numa estratégia anticâncer é interessante, pois o aumento da expressão do HER2 resulta numa transformação oncogênica e num comportamento clínico mais agressivo. Os anticorpos monoclonais são produzidos por um único clone de um único linfócito B que é clonado e imortalizado, produzindo sempre os mesmos anticorpos, em resposta a um agente patogênico. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o de maior incidência entre as mulheres e estima-se que em 2019 haja 59.700 novos casos. O HER2 geralmente ocupava um lugar de prognóstico e direcionamento de terapêutica, no entanto, agora ele mostra um valor além como alvo específico de tratamento.
A estratégia terapêutica do Herceptin® é pioneira e revolucionária e atua especificamente nas células cancerígenas. Além disso, o tratamento evitaria os efeitos colaterais e adversos da quimioterapia convencional. A terapia com o Herceptin® também possibilita a associação com outros agentes quimioterápicos convencionais permitindo uma terapia mais adequada e direcionada para cada caso.
Após décadas de estudos, os cientistas Michael Shepard, Dennis Slamon e Axel Ullrich continuam conduzindo estudos para investigar sobre o Herceptin® a fim de buscar novos usos. A determinação do HER2 tornou-se uma ferramenta útil para o tratamento do câncer de mama e de estômago. Por isso, é importante que mais estudos sejam desenvolvidos a fim conhecer mais o papel do HER2 em outros tipos de câncer ou outras doenças. O tratamento com Herceptin®, desde que se tornou disponível, salvou mais de 2,3 milhões de indivíduos. Os cientistas Michael Shepard, Dennis Slamon e Axel Ullrich merecem ganhar o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia 2019 devido ao impacto e na desconstrução no desenvolvimento de uma terapêutica. A descoberta de uma estratégia imune para o tratamento contra o câncer proporcionou uma compreensão maior e mais profunda sobre os mecanismos que envolvem o câncer. E visto que eles ainda permanecem realizando mais estudos sobre o Herceptin®, o prêmio reconhece a pesquisa e as inúmeras contribuições que o trabalho proporcionou para a humanidade. E é possível também, que nos próximos anos, nosso conhecimento sobre o HER2 em outros tipos de tumores e doenças possam contribuir para o desenvolvimento de terapêuticas promissoras. Contudo, a descoberta abre portas também para o uso dos anticorpos monoclonais como uma terapia mais específica, que minimiza os efeitos e que age diretamente no mecanismo do problema, proporcionando um avanço incrível nas ciências farmacêuticas.
A proteína HER2 exerce um papel regulador nas células epiteliais, porém, um erro aleatório neste gene pode levar ao desenvolvimento do câncer de mama. A terapia para transformar o HER2 numa estratégia anticâncer é interessante, pois o aumento da expressão do HER2 resulta numa transformação oncogênica e num comportamento clínico mais agressivo. Os anticorpos monoclonais são produzidos por um único clone de um único linfócito B que é clonado e imortalizado, produzindo sempre os mesmos anticorpos, em resposta a um agente patogênico. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o de maior incidência entre as mulheres e estima-se que em 2019 haja 59.700 novos casos. O HER2 geralmente ocupava um lugar de prognóstico e direcionamento de terapêutica, no entanto, agora ele mostra um valor além como alvo específico de tratamento.
A estratégia terapêutica do Herceptin® é pioneira e revolucionária e atua especificamente nas células cancerígenas. Além disso, o tratamento evitaria os efeitos colaterais e adversos da quimioterapia convencional. A terapia com o Herceptin® também possibilita a associação com outros agentes quimioterápicos convencionais permitindo uma terapia mais adequada e direcionada para cada caso.
Após décadas de estudos, os cientistas Michael Shepard, Dennis Slamon e Axel Ullrich continuam conduzindo estudos para investigar sobre o Herceptin® a fim de buscar novos usos. A determinação do HER2 tornou-se uma ferramenta útil para o tratamento do câncer de mama e de estômago. Por isso, é importante que mais estudos sejam desenvolvidos a fim conhecer mais o papel do HER2 em outros tipos de câncer ou outras doenças. O tratamento com Herceptin®, desde que se tornou disponível, salvou mais de 2,3 milhões de indivíduos. Os cientistas Michael Shepard, Dennis Slamon e Axel Ullrich merecem ganhar o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia 2019 devido ao impacto e na desconstrução no desenvolvimento de uma terapêutica. A descoberta de uma estratégia imune para o tratamento contra o câncer proporcionou uma compreensão maior e mais profunda sobre os mecanismos que envolvem o câncer. E visto que eles ainda permanecem realizando mais estudos sobre o Herceptin®, o prêmio reconhece a pesquisa e as inúmeras contribuições que o trabalho proporcionou para a humanidade. E é possível também, que nos próximos anos, nosso conhecimento sobre o HER2 em outros tipos de tumores e doenças possam contribuir para o desenvolvimento de terapêuticas promissoras. Contudo, a descoberta abre portas também para o uso dos anticorpos monoclonais como uma terapia mais específica, que minimiza os efeitos e que age diretamente no mecanismo do problema, proporcionando um avanço incrível nas ciências farmacêuticas.
Esse texto foi escrito pela aluna de mestrado Letícia Maria da Silva Antônio como parte da avaliação da disciplina "Prêmios Nobel das
Ciências Farmacêuticas" do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenada
pelo professor David Majerowicz, junto com os professores Renato C.
Sampaio e Heitor A. de Paula Neto
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