As vacinas têm por finalidade simular uma doença infecciosa, só que de forma segura, sem causar a própria doença nem efeitos colaterais graves. Uma vez aplicada, a vacina desencadeia uma série de reações imunológicas, que levam a um estado de proteção contra a doença para qual a vacina foi desenvolvida. Essa proteção tem como principal característica a longevidade e a especificidade. Para a maioria das vacinas atualmente disponíveis a imunidade protetora é atribuída à produção de anticorpos que reconhecem o patógeno, que é agente causador da doença, e o impedem de se multiplicar e causar a doença no indivíduo vacinado.
No ano de 2018, foram confirmados 2.425 casos de sarampo no Brasil, tendo como resultado 12 óbitos. Os estados que apresentaram situação mais alarmante foram Rondônia e Amazonas, onde houve grande queda na cobertura vacinal para tríplice viral. Neste ano, 2019, o país não atingiu a meta de 90% de imunização contra a gripe. Como o índice de vacinação no Rio de Janeiro, São Paulo e Acre foi muito baixo, o Ministério da Saúde estendeu a oferta de imunizantes. Alguns dos fatores para a queda desse índice foram a dificuldade no acesso a serviços de saúde e o movimento anti-vacina crescente.
Muitas pessoas se perguntam por que as doenças estão voltando, e um dos maiores motivos é a ineficiência das campanhas de vacinação. Assim, as pessoas começaram a deixar de se preocupar com isso e doenças já consideradas erradicadas voltaram a afetar a população. Além da falta de campanhas adequadas, também é possível inferir que há uma grande defasagem no ensino sobre a vacinação. Um estudo de 2005, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, de autoria das médicas Camila de Menezes Succi, Daniela Wickbold e Regina Célia de Menezes Succi, que atualmente é professora do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, mostrou a análise de 50 livros didáticos, dentre os quais 17 não continham qualquer informação sobre vacinação e 19 possuíam informações incorretas, como erros na definição de vacina, omissão do calendário vacinal, desatualização de conteúdo e ilustração inadequada.
Um problema atual que também afeta a divulgação correta da vacinação são as fake news e a vinculação de ideias negativas nas redes sociais. O compartilhamento rápido sem verificação de fontes, a propagação de informações erradas e a exposição exacerbada dos casos raros de doenças onde os efeitos colaterais são fatais compõem esse problema. É importante sempre conferir as fontes e autoria do texto antes de compartilhá-lo.
A vacinação é uma questão de cidadania, pois, ao se vacinar, você não estará apenas se protegendo, mas contribuindo para a imunização de todo o grupo. Além disso, por meio da vacinação muitas doenças são erradicadas, diminuindo os índices de mortalidade e os gastos com medicamentos.
Referências:
Autores: Joyce da Silva, Juliana da Silva e Thais de Souza (Monitor: Clarissa de Oliveira)
Esse texto foi produzido por alunos do Colégio Pedro II, campus Engenho Novo, participantes do projeto "Torre Móvel", cadastrado na pró-reitoria de extensão da UFRJ. Se você quiser levar esse projeto para a sua escola também, entre em contato com a gente!
Comentários
Postar um comentário