A principal característica do ser humano moderno que possibilitou não somente a sobrevivência da espécie, mas a rápida escalada até o topo da cadeia alimentar, foi a comunicação. A partir da comunicação eficiente e rápida, nós todos conseguimos trocar informações necessárias para vivermos em comunidade.
A boca é, antes de tudo, o principal meio de comunicação do homem primitivo antes da invenção da escrita. Surpreendentemente, diversos povos da Antiguidade, como os chineses e egípcios, usavam pós para dar sabor e limpar os dentes. Entretanto, foi no século XIX que as pastas de dente começaram a sofrer várias modificações como a adição de agentes emulsificantes (para manter a forma de pasta), sabor, substâncias para evitar a formação de placas de bactérias nos dentes, e clareadores, até que em 1914 houve a adição de flúor.
O flúor foi adicionado à pasta de dente depois de estudos realizados por Black e McKay que observaram que as pessoas que residiam em regiões com água contendo flúor tinham menos problemas dentários do que aquelas que viviam em regiões com água sem flúor.
O flúor previne a desmineralização do dente. O dente é composto por minerais como o fósforo e o cálcio em cristais.
Esses cristais tornam a camada mais externa do dente, a região chamada esmalte, dura e resistente contra o imenso número de microorganismos provenientes do ar e dos alimentos, além de conferir força para que o dente exerça a sua principal função: a trituração dos alimentos. Sendo os alimentos triturados, nós conseguimos engolir com maior facilidade.
Sendo assim, o dente é formado por cristais de fósforo e cálcio. O problema é que o esmalte do dente não é estático, mas dinâmico. Ou seja, esses cristais dos dentes são constantemente desmineralizados e remineralizados por um processo natural de troca.
A má higiene bucal, faz com que os microorganismos se depositem em certas regiões da boca. Com o tempo, esses microorganismos se proliferam e se alimentam da comida presos entre os dentes. Uma vez que esses microorganismos digerem esses alimentos, eles liberam substâncias ácidas que promovem a desmineralização do dente, fazendo com que o esmalte fique fraco e exponha a camada mais sensível do dente, a dentina, que está logo abaixo.
É esse o ponto que o flúor entra. O flúor presente nas pastas de dente consegue se substituir os íons de cálcio ou fósforo nos cristais, além de aumentar a deposição de cálcio e fosfato. Desse modo, o flúor torna os cristais mais resistentes contra a ação de bactérias.
Segundo estudos nacionais e internacionais, os fatores socioeconômicos também influenciam na quantidade de doenças dentais. Quanto menor o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) – parâmetro que avalia a qualidade de vida da população através de alguns aspectos, como a saúde -, maior é a incidência de doenças como sangramento gengival e cárie. A privação de tratamento dessas doenças simples e fáceis de se tratar pode levar a situações complexas em que há perda do dente ou um tratamento complexo e bem custoso. O mesmo estudo indica que aqueles que possuem mais renda têm maior facilidade para adquirir produtos de higiene bucal.
Bom, esse artigo é uma curiosidade de como o flúor age e a importância dos dentes para o nosso cotidiano. Em todo caso de algo estranho ocorrendo na sua boca, um dentista deve ser procurado.
Referências
FONSECA, E.P. et al., 2015. Relação entre condição gengival e fatores sociodemográficos de adolescentes residentes em uma região brasileira. Ciênc. saúde coletiva, 20(11):3375-3384.
KANDUTI, D. et al., 2016. Fluoride: a review of use and effects on health. Mater. Sociomed. 28(2):133-137.
LIPPERT, F., 2013 An introduction to toothpaste - its purpose, history and ingredients. Monogr. Oral Sci. 23:1-14.
MEDJEDOVIC, E. et al., 2015. Impact of fluoride on dental health quality. Mater. Sociomed. 27(6):395-398.
A boca é, antes de tudo, o principal meio de comunicação do homem primitivo antes da invenção da escrita. Surpreendentemente, diversos povos da Antiguidade, como os chineses e egípcios, usavam pós para dar sabor e limpar os dentes. Entretanto, foi no século XIX que as pastas de dente começaram a sofrer várias modificações como a adição de agentes emulsificantes (para manter a forma de pasta), sabor, substâncias para evitar a formação de placas de bactérias nos dentes, e clareadores, até que em 1914 houve a adição de flúor.
O flúor foi adicionado à pasta de dente depois de estudos realizados por Black e McKay que observaram que as pessoas que residiam em regiões com água contendo flúor tinham menos problemas dentários do que aquelas que viviam em regiões com água sem flúor.
O flúor previne a desmineralização do dente. O dente é composto por minerais como o fósforo e o cálcio em cristais.
Sendo assim, o dente é formado por cristais de fósforo e cálcio. O problema é que o esmalte do dente não é estático, mas dinâmico. Ou seja, esses cristais dos dentes são constantemente desmineralizados e remineralizados por um processo natural de troca.
A má higiene bucal, faz com que os microorganismos se depositem em certas regiões da boca. Com o tempo, esses microorganismos se proliferam e se alimentam da comida presos entre os dentes. Uma vez que esses microorganismos digerem esses alimentos, eles liberam substâncias ácidas que promovem a desmineralização do dente, fazendo com que o esmalte fique fraco e exponha a camada mais sensível do dente, a dentina, que está logo abaixo.
É esse o ponto que o flúor entra. O flúor presente nas pastas de dente consegue se substituir os íons de cálcio ou fósforo nos cristais, além de aumentar a deposição de cálcio e fosfato. Desse modo, o flúor torna os cristais mais resistentes contra a ação de bactérias.
Segundo estudos nacionais e internacionais, os fatores socioeconômicos também influenciam na quantidade de doenças dentais. Quanto menor o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) – parâmetro que avalia a qualidade de vida da população através de alguns aspectos, como a saúde -, maior é a incidência de doenças como sangramento gengival e cárie. A privação de tratamento dessas doenças simples e fáceis de se tratar pode levar a situações complexas em que há perda do dente ou um tratamento complexo e bem custoso. O mesmo estudo indica que aqueles que possuem mais renda têm maior facilidade para adquirir produtos de higiene bucal.
Bom, esse artigo é uma curiosidade de como o flúor age e a importância dos dentes para o nosso cotidiano. Em todo caso de algo estranho ocorrendo na sua boca, um dentista deve ser procurado.
Referências
FONSECA, E.P. et al., 2015. Relação entre condição gengival e fatores sociodemográficos de adolescentes residentes em uma região brasileira. Ciênc. saúde coletiva, 20(11):3375-3384.
KANDUTI, D. et al., 2016. Fluoride: a review of use and effects on health. Mater. Sociomed. 28(2):133-137.
LIPPERT, F., 2013 An introduction to toothpaste - its purpose, history and ingredients. Monogr. Oral Sci. 23:1-14.
MEDJEDOVIC, E. et al., 2015. Impact of fluoride on dental health quality. Mater. Sociomed. 27(6):395-398.
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